Criado por Administrator em seg, 27/01/2014 - 15:41
Júlia Mara Cunha
A Hanseníase, conhecida como lepra, é uma das doenças de pele mais antigas que se tem registro. É causado pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae, que é um parasita intracelular que ataca a pele e os nervos periféricos e pode vir a afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. O dia de combate e prevenção a doença é comemorado em 26 de janeiro.
A transmissão se dá por meio das gotas eliminadas na tosse, pela fala e pelo espirro da pessoa infectada. A enfermidade pode ter um período de incubação de três a cinco anos, tendo como primeiros sintomas o aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiçada, em qualquer região do corpo. Outras manifestações mais graves são caroços, inchaço, fraqueza muscular, dor nas articulações, comprometimento dos nervos, deformações no nariz e dedos e perda de sensibilidade.
O diagnóstico da doença é feito por meio de exames na pele, olhos, palpação dos nervos avaliação da sensibilidade superficial e da força muscular dos membros superiores e inferiores. O tratamento da hanseníase é ambulatorial, gratuito e feito nas unidades de saúde. Tem duração de seis a 12 meses dependendo da forma clínica e classificação de cada caso.
Mesmo com os avanços nos tratamentos desses tipos de doenças, o Brasil é hoje o único País do mundo que ainda não erradicou a doença como problema de saúde pública. Segundo o professor da Escola de Medicina da UFOP Leonardo Savassi, a incidência da hanseníase no Brasil é de 1,54 para cada 10.000 habitantes. “Especificamente na regional de Ouro Preto, foram cinco casos diagnosticados em 2011 e quatro casos em 2012”, aponta.
O professor explica que a melhor forma de se prevenir seriam as melhorias das condições de vida da população. “A melhor forma de a Saúde Pública atuar na prevenção e no controle da hanseníase é a promoção de diagnóstico e tratamento precoces, o que se dá por meio de boas ações de educação em saúde”, explica Savassi.