O professor Eli Borges Jr., do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), ministra na UFOP o minicurso "Técnica e cosmotécnica: de Heidegger a Yuk Hui". A atividade integra a programação do seminário "10 anos de um crime", que marca uma década do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana.
O professor Eli propõe uma atualização das ideias de Martin Heidegger sobre a "técnica moderna", entendida como uma forma de desafiar e dominar a natureza, a partir do conceito de "cosmotécnica" do filósofo Yuk Hui. Segundo Hui, não há uma técnica universal, mas múltiplas tecnodiversidades constituídas conforme as visões de mundo em que se originam, sejam elas europeias, chinesas, amazônicas ou indígenas.
O evento é uma realização do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFOP em parceria com os grupos de pesquisa Emergências: pesquisa, extensão e ativismo em comunicação (UFOP/CNPq), Conjor – Convergência e Jornalismo (UFOP/CNPq) e o Laboratório de Humanidades Digitais (UFOP/CNPq), com o apoio do Ministério Público Federal e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Tanto o minicurso quanto o seminário integram as ações do projeto de extensão "Construção de um mapa interativo digital para monitoramento do território Krenak a partir dos impactos cosmológicos do rompimento da barragem de Fundão", desenvolvido por pesquisadores da UFOP e da UFJF. Financiada pelo Ministério Público Federal por meio do edital Participa Minas, a iniciativa busca promover experimentos cosmotécnicos junto a comunidades indígenas da Bacia do Rio Doce afetadas pelo desastre de 2015.
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