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Estudantes da UFOP concorrem a Prêmio do Ministério da Saúde

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O trabalho “Popularizando o controle da fototerapia neonatal junto ao SUS: Proposta e Desenvolvimento de sensores de radiação de interface amigável, de fácil leitura e de baixo custo” é um dos finalistas ao Prêmio de Incentivo a Ciência e Tecnologia para o Sistema Único de Saúde - SUS 2012 na categoria Trabalho Científico Publicado. A autoria é dos alunos Mariana de Melo Silva, Thiago Schimitberger e Giovana Ribeiro Ferreira, orientados pelo professor Rodrigo F. Bianchi, do Departamento de Física da UFOP.
 
Os ganhadores do prêmio serão conhecidos até 31 de Dezembro, em Brasília, no Ministério da Saúde. Vale destacar que é a segunda vez que a equipe do Laboratório de Polímeros e Propriedades Eletrônicas dos Materiais (LAPPEM) concorre a esta premiação. Na primeira, em 2009, os estudantes ficaram com o primeiro prêmio.
 
O Prêmio 
 
Desde 2002, o Ministério da Saúde premia a comunidade científica por meio do Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS. A iniciativa é mais uma das ações do ministério que busca valorizar os pesquisadores e suas pesquisas, indispensáveis para o desenvolvimento das políticas públicas de saúde no país.
 
Na Ufop, o grupo de pesquisadores, formado por uma equipe multidisciplinar e por pesquisadores e alunos do LAPPEM desenvolveram um dosímetro de baixo custo e fácil leitura que monitora a radiação de maior eficiência no tratamento da hiperbilirrubinemia neonatal (icterícia -  uma síndrome caracterizada pela coloração amarelada de pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no organismo) que foi protegido por depósito de patente no Brasil e nos Estados Unidos.
 
A Patologia 
 
A patologia tratada é uma condição comum em neonatos, podendo atingir até 150 mil recém-nascidos por ano apenas no Brasil. Refere-se à cor amarela da pele e do branco dos olhos causada pelo excesso de bilirrubina no sangue, pigmento gerado pelo metabolismo das células vermelhas do sangue. O acúmulo de tal pigmento é extremamente tóxico para o sistema nervoso, podendo causar lesões graves e irreversíveis ou até mesmo a morte se não tratado corretamente. 
 
O tratamento mais indicado é a fototerapia ou banho de luz, que consiste na exposição da criança a uma fonte luminosa preferencialmente na região do azul. Porém, segundo os pesquisadores da UFOP, muitos hospitais ou maternidades não têm feito este tratamento corretamente, expondo as crianças a fontes luminosas erradas, ineficientes ou a distância do recém-nascido aquém da necessária para o bom tratamento e acompanhamento da doença.