Carol Antunes
Camisa xadrez. Música. Pipoca. Red Bull. Esse foi o cenário do Red Bull Gravity Challenge - desafio de arremesso de ovo, que aconteceu na manhã da última sexta-feira (24), no Mirante da UFOP. Com o slogan Voar não é mole, estudantes da UFOP, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), da Universidade Fumec e de outras instituições utilizaram de aprendizados em várias áreas para criar uma “engenhoca” voadora com o intuito de fazer com que um ovo caísse no chão intacto após ser arremessado de uma altura de 12 metros.
Promovido pela Red Bull, em parceria com a Associação Atlética da UFOP (AAA) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE), os inscritos, além de pensar em uma ideia para o ovo não quebrar, tinham que criar uma performance. Com a participação de 15 equipes, com três pessoas em cada, o capitão subia em uma plataforma para jogar o ovo, enquanto os outros dois membros da equipe apresentavam o “show”. Em tom de diversão e criatividade, a competição atraiu vários alunos da UFOP para prestigiar o desafio.
Público lota o evento - crédito da foto: Ana Carolina Vieira
O reitor da UFOP, Marcone Jamilson Freitas Souza, estava presente junto da vice-reitora, Célia Maria Fernandes Nunes, e falou sobre a importância de um evento lúdico dentro do campus da Universidade já que, além da diversão, desperta a criatividade para resolução de problemas. “É muito bom despertar o lado criativo, porque se você tem essa coisa nova, como irá resolver? Isso faz parte do desafio de nós como universitários. Outro ponto é que os recursos arrecadados irão viabilizar a fundação da Atlética UFOP”, ressalta.
Composta por três jurados, a equipe avaliadora analisou desde a ideia da engenhoca até a performance. Se o ovo rachasse, os pontos eram automaticamente zerados. Se o ovo sobrevivesse, mas estivesse enrolado em algum tipo de material, a equipe somava dois pontos. Se o ovo sobrevivesse sem nenhum material e caísse dentro da área marcada, a equipe era pontuada com cinco pontos.
Fernando Corbanez, Camila de Barros e Ian Zanon, ambos do 1º período de Ciência da Computação da UFOP, participaram na equipe nomeada “H linha”. Para Fernando, a participação no evento foi muito grandiosa, porque os incitou a usar muitos conceitos científicos, elevando o aprendizado. “O melhor foi conciliar a diversão em fazer, acima de ganhar. A turma inteira se mobilizou e é bem legal, desde o lado social até a parte mais científica, pois a gente teve que fazer muita conta para dar certo”, afirma. Alunos de Engenharia da Fumec, Fred Faria, Guilherme Augusto Martins e Guilherme Garcia foram a equipe “Pé de Vento”, que teve a ideia de elaborar um tênis furado na ponta com um paraquedas, que, quando descesse, inclinaria e, ao tocar no chão, o ovo iria rolar e sair do tênis sem quebrar. Eles destacaram que a participação envolve várias áreas da física e da engenharia, pois eles desafiaram a Lei de Newton e, com isso, aprenderam muito.
Jurados avaliam as engenhocas apresentadas - crédito da foto: Ana Carolina Vieira
Após muita diversão com coreografias e apresentações engraçadas e muitos ovos quebrados, os grandes vencedores foram da equipe do Centro Acadêmico da Escola de Minas (Caem), integrados por Vitor Biguetti, Washington Neves e Thiago Martins. A ideia foi colocar um cano de PVC serrado ao meio e uma espuma em volta do ovo. Então, na hora que o ovo caiu, o cano abriu e o ovo saiu rolando intacto. Vitor, muito animado com a vitória, destacou: “a gente resolveu fazer um projeto diferente, porque todo mundo estava colocando paraquedas. Por isso pensamos em algo que ia cair direto e amortecer. A ideia deu certo”.
A equipe do Inconfidentes Rugby ficou em segundo lugar. E, em terceiro, a da Associação Desportiva da Escola de Minas (Adem).
Nó pódio, equipe do Caem comemora o primeiro lugar - crédito da foto: Ana Carolina Vieira