Criado por Administrator em qui, 23/01/2014 - 15:19
Aldo Damasceno
Cerca de 300 pessoas já visitaram a exposição "Et Alia: Territórios de Experiência da Arte" na primeira semana da mostra, que teve início no dia 13 de janeiro. Os trabalhos estão disponíveis na Sala de Exposições do prédio da Escola de Direito, Turismo e Museologia (EDTM) - no campus Morro do Cruzeiro, em Ouro Preto - e podem ser conferidos até 9 de fevereiro, de terça a sexta-feira, das 10h às 16h, e aos sábados, das 10h às 14h30. “A exposição ficou muito melhor do que imaginávamos, e o número de visitas supera as expectativas. Foram os alunos que organizaram o espaço, com uma estrutura que vai além de uma simples mostra curricular”, destaca a coordenadora do evento e professora do curso de Museologia, Ana Beatriz Cascardo.
A exposição é composta por módulos, que representam territórios de Ouro Preto: o morro, o barroco, o rural e a convergência. O morro é representado por obras do artista Divison Silvestre, que usa de elementos urbanos para construir um discurso político e social da realidade das favelas, vídeos do grupo de dança Fenix, que se apresenta com coreografias de street dance e breack, e cartazes do grupo "A rede", que promove ações socioculturais que levam arte, cultura e diversão às comunidades de Ouro Preto e Mariana.
O barroco é representado por obras de Cor Jesus e Regina Cunha. Com embalagens de remédios, o artista transforma a paisagem cotidiana em um mar de delicadeza. Trata-se de uma denúncia do aceleramento desenfreado do crescimento demográfico, da falta de espaço e de identidade, características marcantes da atualidade. As imagens captadas pela lente da artista plástica Regina Cunha se entrelaçam em uma viagem pelo barroco mineiro, cria novas formas, revelando que tudo depende do olhar do espectador.

O rural é representado por obras de Dinho Bento e poesias de Liberato Santos. Dinho Bento se iniciou no grafite ainda na adolescência. Limitado pela rigorosa política patrimonial que protege os centros históricos, buscava as regiões periféricas para realizar seus primeiros experimentos com o spray. Liberato é um poeta que tem como alicerce referências religiosas e a experiência de vida. Seus versos criam formas e imagens, fatores que reforçam o sentido de suas poesias. Já a convergência é o espaço que representa todos os três territórios, morro, barroco e rural, simultaneamente.
“O mais atrativo é a capacidade da exposição de mexer com o imaginário, uma vez que aguça todos os sentidos e remete a memórias”, comenta a aluna do 7º período do curso de Turismo, Lavinia Viana. Já Fernando Bragança, aluno do 3º período da graduação em Turismo, considera a exposição interessante. Para ele, mostra faz pensar a arte no conflito entre o urbano e o rural, de forma integrada.
Foto: Paula Bamberg