12ª CineOP discute sétima arte como patrimônio

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Íris Jesus

"Quem conta a história? Olhares e identidades no cinema brasileiro"

Preservação, história e educação. Essas são as temáticas da Mostra de Cinema de Ouro Preto - Cineop, único evento do circuito de festivais de cinema a dar enfoque para a sétima arte como patrimônio. Este ano, em sua 12ª edição, em parceria com a UFOP, a mostra homenageou Antonio Leão da Silva Neto, Cristina Amaral e o projeto Vídeo nas Aldeias, precursor das produções audiovisuais entre os povos indígenas e que completa 30 anos em 2017. 

A mostra promoveu 20 debates, com a participação de 90 convidados do audiovisual, acadêmicos, pesquisadores, historiadores e críticos de cinema, e mais três convidados internacionais do Chile, Argentina e México. A programação, completamente gratuita, incluiu exibição de filmes em pré-estreias, retrospectivas e mostras temáticas, debates, oficinas, exposição, lançamento de livros, cortejo e shows musicais.

Essas atividades foram divididas em três eixos, com discussões sobre Emergências Digitais, na Temática Preservação; Emergências Ameríndias, na Temática Educação; e "Quem conta a história? Olhares e identidades no cinema brasileiro", na Temática Histórica. Isso ocorreu de maneira dinâmica, estimulante e diversa, mostrando o que há de mais fundamental na produção, manutenção e preservação de cinema e audivisual.

CONVERGÊNCIA - Para Raquel Hallak, coordenadora da CineOP e diretora da Universo Produção, "A CineOP cumpre, mais uma vez, o seu papel de ser espaço de encontro e convergência de profissionais e instituições de vários segmentos que trabalham com a imagem, cinema e educação. De modo especial, registramos nesta edição um momento histórico com a entrega e apresentação do Plano Nacional de Preservação, ampliando o diálogo com os diversos elos da atividade cinematográfica, ao mesmo tempo que percebemos a maturidade do setor da preservação para enfrentar os desafios e unir para que avanços sejam conquistados", declarou, lembrando o atual contexto político pelo qual o país passa, segundo ela, bastante desfavorável para a preservação audiovisual.