Criado por Agliene Melquíades em seg, 18/04/2016 - 15:06 | Editado por Chico Daher há 9 anos.
Durante todo o sábado (16), o ICHS abriu espaço à ocupação da comunidade. Com oficinas para crianças e adultos, apresentações musicais e estandes para orientações sobre saúde, o evento atraiu um público diversificado.
Por todos os lados do Instituto, a palavra “expressão” ganhou significados, com a realização de diversas atividades, como grafite, práticas de esportes, oficina de história em quadrinhos, canto coral do IFMG, movimentos da capoeira e batalha de vozes de MCs, entre outras.
A estudante de Letras Bruna Carvalho, uma das ministrantes da Oficina de bonecas Abayomi, uniu a arte ao resgate da cultura afro. Além de ensinar a confeccionar, Bruna falava sobre a origem das bonecas. “Na precariedade dos navios do tráfico negreiro, mães arrancavam pedaços dos panos das saias para fazerem bonecas para as crianças", explicou. A Abayomi é também "um amuleto e a palavra significa encontro de felicidade”, lembrou.
No minicurso de História em Quadrinhos, os participantes aprenderam técnicas de desenhos. O estudante de História, Marcelo Vinícius Mendes, um dos idealizadores, conta que o ensino através das HQs já foi utilizado em escolas públicas da região através do Pibid Afro e do Pibid Letras. “O cerne dessa oficina é incluir discussões que ajudem a melhorar e democratizar, de uma maneira socialmente referenciada, a cultura pop e nerd no geral. Comentamos também sobre a falta de representatividade e estereotipização de outras minorias sociais”, assinala. O estudante Gabriel Costa, de 15 anos, um dos participantes da oficina, pensa que “a presença das histórias em quadrinhos no ensino tornaria o conteúdo mais lúdico e contribuiria para a assimilação do que é ensinado na escola”, defende.
A auxiliar de serviços gerais do ICHS, Silvia Célia Messias, levou as filhas para participar das atividades. Sílvia acredita que “é importante trazer as meninas para se divertirem e pensarem em um futuro melhor para elas em contato com a Universidade”.
O reitor Marcone Jamilson Freitas Souza também marcou presença no evento e ressaltou a importância do elo entre Universidade e comunidade. Segundo ele, “essa é mais uma oportunidade da população conhecer efetivamente o trabalho da Universidade, perceber que a Instituição pertence a ela e pensa o desenvolvimento local”, comentou.
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