Criado por Gabriel Campbell em sex, 16/09/2016 - 13:59 | Editado por Chico Daher há 8 anos.
Mais uma edição do Cinemas em Rede foi realizada no Cine Vila Rica, nessa última quinta (15), em Ouro Preto. Dessa vez o tema girou em torno de questões a respeito de pedofilia e violência infantil. O convidado para ministrar o debate foi o psicólogo Diego Carrara do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) – Mariana.
O filme Urutau, previamente selecionado na programação, não pôde ser exibido por questões técnicas, sendo substituído por "Anjos do Sol", com os debates ocorrendo antes e depois de sua exibição. O filme brasileiro trata sobre a exploração sexual e comercial de crianças e adolescentes .
Os presentes se juntaram nas primeiras fileiras para aprender e discutir mais sobre a mente das pessoas que cometem abuso e questionar possíveis teorias sobre o comportamento dos seres humanos, sob a mediação do psicólogo convidado.
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Diego Carrara atua especificamente com crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, e afirma que de 3 anos para cá, observando os índices com o Ministério Público, Polícia Civil e Conselho Tutelar, os números dos casos vêm aumentando na região. “Embora o debate e as políticas públicas tenham crescido, ainda hoje trata-se de um assunto complicado para a sociedade falar sobre. As pessoas preferem se omitir”, ressalta.
Rachel Wachtler, estudante de Filosofia, gostou bastante do molde do Cinemas em Rede “Achei legal a participação do psicólogo, pois trouxe uma visão bem interessante sobre o que é abuso e o que é pedofilia. O filme retratou, mesmo que de forma muito pesada e me causando desconforto, essa realidade pesada da mulher objetificada como produto”, constata.
A próxima edição acontecerá no dia 20 de outubro, o filme a ser exibido será "Glauco do Brasil". O documentário discorre sobre a trajetória, a obra e a carreira do pintor gaúcho Glauco Rodrigues, considerado um dos principais pintores do pop art latino, de acordo com críticos, artistas e teóricos. Retratado a partir de entrevistas, arquivos e imagens vivenciadas e inspiradas por Rodrigues, o documentário funciona como um retrato intimista de um dos maiores artistas gráficos da história brasileira.