Estudantes aproveitam para curtir Ouro Preto durante 7º CBEU

Ao longo de três dias, a 7ª edição do Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (CBEU) reuniu mais de 4 mil membros da comunidade acadêmica em Ouro Preto, cidade considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Diversos professores e alunos, vindos dos quatro cantos do Brasil, vieram para esse importante encontro de intercâmbio intelectual e cultural entre os participantes. 

Hospedada com mais cinco pessoas no mesmo quarto em uma república, a estudante de Nutrição da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Francielle Chavier, de 25 anos, acha a cidade maravilhosa e cheias de atrativos. “Estar em uma república com outras pessoas é muito importante para nossa construção pessoal. Apesar das ruas íngremes, a cidade tem muitos atrativos. Amanhã, vou na Mina de Passagem e visitarei a Igreja de Aleijadinho”, comenta. Segundo Francielle, outro diferencial é o pão de queijo. “O pão de queijo daqui é muito mais saboroso, tem muito mais queijo, o de lá do Rio de Janeiro tem gosto industrializado”, acrescenta. Durante o passeio turístico pela cidade, ela pode participar também de uma oficina de percussão em ritmo africano, com garrafas pet, na Igreja São Francisco de Assis. Francielle vai aproveitar e ficar até segunda-feira (12).

Inúmeros sotaques, maneiras de se vestir, costumes, cabelos e vocabulários, todos juntos no mesmo lugar. Ouro Preto, como uma boa cidade mineira, abriga todas essas pessoas da melhor maneira possível. 

Estudante da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Romário Borges está hospedado na casa de seu irmão que cursa Artes Cênicas na UFOP e está aproveitando para conhecer a sua rotina. “Participar do CBEU em Ouro Preto tem sido, literalmente, como viajar no tempo: no passado, vendo as aulas de história se materializando; e no futuro, ao poder ver tantas propostas extensionistas, que, de um modo geral, visam um mundo melhor. Cada dia e cada detalhe da cidade tem sido uma descoberta. Descobri que ela possui vistas e lugares únicos, que possui muitos morros, e que é necessário muito fôlego pra viver aqui. Descobri que o que chamamos de 'rolê' na minha cidade, chamam de 'rock' por aqui. Que inclusive faz jus ao nome. Enfim, infelizmente, ficarei por pouco tempo por aqui, e acabo de descobrir que vou embora querendo um pouco mais de Ouro Preto”, revela. Romário aproveitou também para assistir duas apresentações cênicas na Casa da Ópera, presentes na programação do congresso.

Em conjunto às apresentações dos trabalhos, esta edição fornece uma programação cultural vasta durante todo o decorrer desta semana. Os eventos, de entrada franca, vão desde peças de teatro e intervenções artísticas até exibição de filmes e exposições.

Vindos de Itapuranga, Goiás, os estudantes da Universidade Estadual de Goiás (UEG) Lorena Dutra e Kléber Augusto Cruz, fizeram um tour pelas igrejas de Ouro Preto e Mariana. Eles estão hospedados em uma pousada e vão embora hoje (09). “A cidade é muito linda, apesar das ladeiras; Respiramos história o tempo todo”, diz Lorena. Ambos foram a um show de rock em um pub da cidade.

E, assim, mais uma edição do CBEU está chegando ao fim. Plural e dinâmico, o ambiente se tornou propício para a troca de amizades, conhecimento e afetos.