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III Semana de Leitura motiva gosto pelos livros em Ouro Preto

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Mylena Gonçalves
Com: 
Fernanda Walmer e Kinderlly Brandão
A Prefeitura de Ouro Preto e a UFOP realizaram na última semana a III Semana de Leitura de Ouro Preto. O evento reuniu diversas ações da Universidade que buscam incentivar a leitura.
 
O Sistema de Bibliotecas e Informação (Sisbin) levou atividades de incentivo à leitura e com o projeto Carro Biblioteca. A bibliotecária da UFOP Sônia Marcelino ministrou a oficina "Bibliotecas escolares: espaço de aprendizagem escolar", que contou também com a presença de professores de Ouro Preto e região. Já a bibliotecária Maristela Mesquita ministrou outras duas oficinas:  "Biblioterapia, que conversa é essa?" e "Oficina de contar história". O Carro Biblioteca da UFOP, coordenado pelo servidor Elton de Matos, realizou a atividade de contação de história, ministrada por alunos bolsistas, e esteve em diversas escolas de Ouro Preto e no Centro de Artes e Convenções da UFOP, apresentando para as crianças da comunidade o mundo que contém nos livros e a importância da leitura. 
 
Como parte da programação da III Semana de Leitura, aconteceu ontem (02), no Centro de Convenções, a roda de conversa "Literatura na internet: formas de comunicação", conduzida por Chico Daher, com a colaboração de Mickael Barbieri e Rodrigo Valente. Mickael é jornalista formado pela UFOP e mestrando na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ele atua em rádio há quatro anos em Belo Horizonte, na área de jornalismo cultural. Rodrigo é jornalista pela Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Ambos são leitores assíduos e apaixonados pela literatura, e aproveitaram as redes sociais para propagar essa paixão. Mickael escolheu o Youtube para compartilhar suas leituras com seus seguidores, já Rodrigo optou pelo Instagram. Cada um à sua maneira, um através de vídeos e o outro por meio de fotos, eles almejam o incentivo à leitura. 
 
Mickael e Rodrigo contaram que tiveram pouco contato com a literatura na infância e falaram sobre como descobriram o amor pelas histórias dos livros muitos anos depois, quando adultos. Falaram também das motivações que os levaram a optar pelas redes sociais e sobre o mundo dos "booktubers" (uma brincadeira com o termo "Youtubers"). Mickael explica que "são pessoas que estão falando sobre sua própria experiência, sobre como a leitura ressoa para elas. Não são críticos literários, apesar de que podem ser pessoas conhecedoras da área de Letras, da Literatura. Mas o aspecto técnico, o aspecto da crítica literária, muitas vezes não é o mais importante. É mais importante você falar sobre sua relação com aquela leitura. Se você gostou, se não gostou, se fez você lembrar alguma coisa da sua infância, por exemplo".

Ao discutir se a leitura é algo específico de quem estuda ou trabalha com a área de Humanas, Rodrigo Valente afirmou que "a internet é libertadora nesse sentido, porque você acaba conhecendo e ampliando a mente no sentido de que a leitura é pra qualquer pessoa, independente da área de conhecimento dela (...) e esse grande clube de leitura da internet é muito democrático". Ele conta que há muitos leitores e booktubers hoje em dia que são, inclusive, formados e trabalham na área das Exatas.

A conversa teve participação majoritária de bibliotecárias, professoras e alunas, inclusive com muitos relatos pessoais. Foi um papo descontraído, inspirador e agregador, como relata Cláudia, professora de Literatura: "A gente tem sempre discutido, inclusive nesta Semana da Leitura, o medo de uma possibilidade de a tecnologia e todas essas relações com a tecnologia acabarem com o livro físico. E é surpreendente o que estou aprendendo aqui, porque eu acho que a Literatura, mais do que nunca, está 'na roda', de forma mais acessível. Chego agora à conclusão de que toda essa conectividade só favorece o estímulo à leitura".

OFICINAS - Na parte da tarde, oficinas e atividades movimentaram o evento. Professores de diferentes escolas compareceram com suas turmas. A intervenção "Cantinho Sensorial", por exemplo, trouxe histórias que exploravam os sentidos. Próximo dali, o combate aos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes Albopictus foi tema da conversa com as crianças.

Rosângela Guimarães, diretora da Escola Municipal Monsenhor João Castilho Barbosa, frisou a importância do envolvimento das escolas. "É interessante não só a contação de história em casa e na escola, como incentivo ao prazer da leitura, mas também ampliar isso. Esse momento aqui é essencial pra todos, escola e aluno".

A professora Hila Rodrigues, que coordenou a oficina "Lugar Desenhado - oficina de quadrinhos", ministrada por Narrian Gomes e Ana Miranda, explicou que a iniciativa é resultado de um projeto de extensão, de mesmo nome, existente há um ano. "A ideia é pensar no quadrinho como instrumento que possa reverberar o cotidiano deles, e que, a partir daí, eles possam refletir sobre o lugar que ocupam no meio social em que vivem". Sheila de Freitas, professora do Centro Educacional de Ouro Preto (Ceop), trouxe a turma do quinto ano para a oficina. Para a educadora, "é importante estimular a leitura, em suas diferentes formas, e perceber que elas fazem parte do cotidiano. Meus alunos estão muito empolgados e certamente colheremos boas coisas deste encontro".

Amanda Maria Rocha, de 13 anos, estudante do Colégio Arquidiocesano, chegou ao evento com o padrasto, que é professor no curso de Letras da UFOP. "Eu gosto muito de ler, sou encantada com português e história. Desde bem pequena tenho contato com livros e sempre fui muito incentivada, em casa, a praticar a leitura. Lá temos uma estante cheia de livros que minha mãe herdou da minha avó, que foi professora de português… parece até coisa de família esse nosso amor pelas palavras", declara a estudante.

 

 

 

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