Criado por Karine Bibiano em sex, 03/05/2019 - 14:39 | Editado por Lígia Souza há 5 anos.
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Ambos são leitores assíduos e apaixonados pela literatura, e aproveitaram as redes sociais para propagar essa paixão. Mickael escolheu o Youtube para compartilhar suas leituras com seus seguidores, já Rodrigo optou pelo Instagram. Cada um à sua maneira, um através de vídeos e o outro por meio de fotos, eles almejam o incentivo à leitura.
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Ao discutir se a leitura é algo específico de quem estuda ou trabalha com a área de Humanas, Rodrigo Valente afirmou que "a internet é libertadora nesse sentido, porque você acaba conhecendo e ampliando a mente no sentido de que a leitura é pra qualquer pessoa, independente da área de conhecimento dela (...) e esse grande clube de leitura da internet é muito democrático". Ele conta que há muitos leitores e booktubers hoje em dia que são, inclusive, formados e trabalham na área das Exatas.
A conversa teve participação majoritária de bibliotecárias, professoras e alunas, inclusive com muitos relatos pessoais. Foi um papo descontraído, inspirador e agregador, como relata Cláudia, professora de Literatura: "A gente tem sempre discutido, inclusive nesta Semana da Leitura, o medo de uma possibilidade de a tecnologia e todas essas relações com a tecnologia acabarem com o livro físico. E é surpreendente o que estou aprendendo aqui, porque eu acho que a Literatura, mais do que nunca, está 'na roda', de forma mais acessível. Chego agora à conclusão de que toda essa conectividade só favorece o estímulo à leitura".
Carro biblioteca semana de leitura
Rosângela Guimarães, diretora da Escola Municipal Monsenhor João Castilho Barbosa, frisou a importância do envolvimento das escolas. "É interessante não só a contação de história em casa e na escola, como incentivo ao prazer da leitura, mas também ampliar isso. Esse momento aqui é essencial pra todos, escola e aluno".
A professora Hila Rodrigues, que coordenou a oficina "Lugar Desenhado - oficina de quadrinhos", ministrada por Narrian Gomes e Ana Miranda, explicou que a iniciativa é resultado de um projeto de extensão, de mesmo nome, existente há um ano. "A ideia é pensar no quadrinho como instrumento que possa reverberar o cotidiano deles, e que, a partir daí, eles possam refletir sobre o lugar que ocupam no meio social em que vivem". Sheila de Freitas, professora do Centro Educacional de Ouro Preto (Ceop), trouxe a turma do quinto ano para a oficina. Para a educadora, "é importante estimular a leitura, em suas diferentes formas, e perceber que elas fazem parte do cotidiano. Meus alunos estão muito empolgados e certamente colheremos boas coisas deste encontro".
Amanda Maria Rocha, de 13 anos, estudante do Colégio Arquidiocesano, chegou ao evento com o padrasto, que é professor no curso de Letras da UFOP. "Eu gosto muito de ler, sou encantada com português e história. Desde bem pequena tenho contato com livros e sempre fui muito incentivada, em casa, a praticar a leitura. Lá temos uma estante cheia de livros que minha mãe herdou da minha avó, que foi professora de português… parece até coisa de família esse nosso amor pelas palavras", declara a estudante.