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Neabi leva ações de valorização da cultura afro-brasileira a escola de Cachoeira do Campo

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Arquivo pessoal
Grupo de oito pessoas posa sorridente em frente à fachada colorida da Escola Municipal Haydée Antunes, no distrito de Cachoeira do Campo, em Ouro Preto.
O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi), vinculado à Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), realizou reunião nesta quinta (3) com a equipe do Centro de Atenção Integral à Criança (Caic), atual Escola Municipal Haydée Antunes, no distrito de Cachoeira do Campo, em Ouro Preto. O encontro teve como objetivo implementar ações extensionistas na escola, por meio do projeto "Caminhos de pertencimento e saberes", com o apoio da Diretoria de Promoção da Igualdade Racial de Ouro Preto e da Casa do Professor e da Cultura Negra. 
 
O projeto "Caminhos de pertencimento e saberes" busca promover a valorização da história e cultura afro-brasileira através da Educação Patrimonial Afrocentrada, despertando, tanto nos alunos quanto em seus pais, o sentimento de pertencimento à cidade de Ouro Preto e o reconhecimento da UFOP como um espaço acessível e acolhedor de saberes e possibilidades futuras. 
 
Segundo o coordenador do Neabi, Clézio Gonçalves, "há uma ausência de perspectiva afrocentrada nos currículos escolares que reforça, historicamente, processos de exclusão, de apagamento e de silenciamento". Este  projeto é justamente uma forma de resgatar essas memórias e conectar os estudantes à Universidade, "um espaço muitas vezes percebido como distante, atuando na construção de identidades afirmativas e no empoderamento da juventude", comenta. 
 
As ações estão previstas para acontecerem no segundo semestre de 2025, no Caic, em Cachoeira do Campo, e na cidade de Ouro Preto, com visitas orientadas à UFOP, visitas afrocentradas guiadas nas minas de Ouro Preto, oficinas de educação patrimonial, rodas de conversa sobre identidade e pertencimento racial.
 
Clézio também explica que a escolha pelo Caic de Cachoeira do Campo é uma proposta para aproximar a cidade de Ouro Preto das escolas dos distritos, valorizando a região histórica como símbolo de resistência e da cultura afro-brasileira. Para ele, essa aproximação é fundamental porque "a cidade abriga riquezas patrimoniais que vão além das igrejas e casarões: são as histórias, memórias e contribuições dos povos africanos e afrodescendentes na formação da cidade e da identidade nacional", destaca.

 

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