Criado por Luiza Boareto em ter, 14/11/2017 - 10:22 | Editado por Iris Jesus há 7 anos.
Guiados pelos professores da UFOP, Carlos Magno Paiva e Alexandre Bahia, inicialmente, explicaram a importância do Programa Ciências sem Fronteiras e os frutos do programa que serão colhidos, no futuro, como intercâmbio de conhecimentos.
Sylvie começou com dados históricos sobre perseguições e artes degeneradas para explicar seu projeto. Ela criou, no Brasil, o CABRA (Casas Brasileiras de Refúgio) com base na rede ICORN (International Cities of Refuge Network) e contou que "trazer o projeto [para o Brasil] foi um prazer".
Criado em 2006, o CABRA é uma estrutura para proteção dos escritores refugiados e foi desenvolvido com base na necessidade de haver cidades refúgios, já que, ao longo dos anos, houve aumento de pedidos por ajuda. Sylvie completou ainda que esse intercâmbio de informações é muito interessante e enriquecedor.
O palestrante Felix Kaputu abordou a falta de liberdade de expressão. Por se posicionar ao lado dos estudantes de seu país, o professor acabou sendo mais um escritor que necessitou se refugiar após receber ameaças. Felix disse se sentir um privilegiado por estar na UFOP compartilhando a questão mundial, mostrando o "choque de realidade sobre o que acontece hoje em dia", como mortes, fugas e as dificuldades de quem decide imigrar. Diante disso, deixou a mensagem que "o mundo precisa se organizar e olhar para essas pessoas".
Para a aluna do 2º período de Direito, Marina Inácio Otaviano, esse é "um assunto atual, que permeou a história do mundo. É muito importante trazer pra dentro da Universidade pessoas que possuem a experiência em acolher ou ser um refugiado porque é algo que aumenta o contato com a realidade e ajuda no conhecimento jurídico".
Para ele, as universidades são o melhor lugar para estar e onde ele diz se sentir muito bem, pois "é o lugar da liberdade. Nela podemos celebrar a diversidade".