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Projeto de Dança do Ventre do Icea completa 7 anos

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Arquivo pessoal
Iniciado em outubro de 2015, o projeto Dança do Ventre na UFOP estuda essa manifestação artística por meio de aulas teóricas e práticas e prepara coreografias específicas para apresentações em eventos públicos. O objetivo é auxiliar mulheres no processo de empoderamento, resgate da autoestima e busca do bem-estar físico e mental; proporcionar interações e oportunidades para novas amizades; treinar habilidades manuais (como confecção e bordado de figurinos); e proporcionar à população de João Monlevade uma reflexão sobre o direito individual e coletivo de ocupar espaços públicos para o desenvolvimento de atividades culturais.
A ação é coordenada pela professora Eva Bessa, do Departamento de Engenharia de Produção do Instituto de Ciências Exatas e Aplicadas (Icea), no campus da UFOP em João Monlevade. A professora, que estuda a prática de Dança do Ventre há mais de 15 anos, conta que a ideia do projeto surgiu após conversas com alunas e mulheres da comunidade, que sentiam falta de uma atividade gratuita e cultural voltada exclusivamente para mulheres, além da dificuldade de frequentar academias e se manterem ativas fisicamente.
 
Já no início, em 2015, participavam da atividade 22 alunas do Icea. Posteriormente, o projeto foi aberto à comunidade de João Monlevade, em uma parceria com a Casa de Cultura, órgão ligado à prefeitura da cidade, chegando a 81 matrículas. Até maio de 2022, cerca de 250 mulheres já haviam passado pelo projeto.
 
Em abril de 2017, com apoio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), foram instalados espelhos na sala destinada às atividades extensionistas no Icea, possibilitando que as aulas acontecessem também no campus, além da Casa de Cultura, onde já aconteciam. As práticas continuam em ambas as localidades, e as duas turmas são compostas por alunas das comunidades externa e interna da Universidade.
 
DESAFIOS - Durante a pandemia, não foram realizadas aulas presenciais, e as práticas migraram para a realidade online. Porém, a adesão às aulas nessa modalidade foi baixa, com muitas alunas alegando dificuldade de acompanhar as aulas em razão da baixa qualidade de internet a que tinham acesso.
 
Devido a essas dificuldades, apenas duas aulas aconteceram nesse intervalo. A professora conta que postava vídeos nos grupos de participantes, mas ainda assim a pandemia afetou drasticamente a vida do projeto.
 
As aulas voltaram a ser realizadas presencialmente em março de 2022. Ainda muito impactada pelo período de pausa, a iniciativa não conta com a mesma quantidade de alunas de outros momentos, no entanto, segue sendo uma importante ação cultural da Universidade, promovendo saúde e autoestima para as praticantes — atualmente, 15 mulheres com idades entre 22 e 67 anos.
 
Para Eva, a dança do ventre é uma importante ferramenta de empoderamento, que auxilia as mulheres a se sentirem bem com o próprio corpo. A professora avalia que o movimento tem ajudado as alunas a se desprenderem dos padrões ditados pela mídia e pelas falas sobre seus corpos, permitindo que se sintam bem e dancem independentemente de peso, idade ou qualquer outro ideal que antes as impediam de estarem mais contentes com a própria imagem.

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