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UFOP Convida traz palestra sobre centenário do samba

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Monique Torquetti

"O chefe da folia, pelo telefone manda me avisar que, com alegria, não se questione para se brincar " é assim que começa a música "Pelo Telefone", feita pelo compositor Ernesto dos Santos, mais conhecido como Donga, e do jornalista Mauro de Almeida. Na palestra feita no UFOP Convida realizado na última terça (10), o professor adjunto do departamento de Música da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Carlos Sandroni,  apresentou o tema "Pelo telefone e o Centenário do Samba".

Considerado o primeiro samba gravado no Brasil, "Pelo Telefone" foi registrada em 27 de novembro de 1916 e comemora 100 anos. Sucesso no carnaval de 1917, a música trouxe para o conhecimento da população a palavra "samba", que se tornou sinônimo de sucesso popular.

"'Pelo Telefone' trabalha com um tipo de ritmo que era muito em voga naquela época para qualquer tipo de música que tinha certa conotação afro-brasileira. Agora, o que a gente entende hoje como samba, tem a ver com o ritmo que foi criado no contexto das escolas de samba, no final dos anos de 1920 e 1930." aponta, Carlos Sandroni.

O Samba é a mistura afro-brasileira de estilos musicais e começou nos estados do nordeste do país. Chegou ao Rio de Janeiro como uma novidade levada pelos migrantes que saíram do nordeste. A música "Pelo Telefone" tem o ritmo diferente dos sambas que conhecemos atualmente. E foi essa diferenciação rítmica que fez o professor se interessar em estudar o assunto. 

"Queria entender melhor a história da música popular brasileira e o samba era um gênero decisivo para isso. Era o gênero principal, digamos, da história da música popular. Além do mais, eu percebi essa diferença de estilo que me deixou muito intrigado. Por que as pessoas dizem que "Pelo Telefone" é samba, se eu escuto tudo menos samba?  Quando você escuta a gravação em si não parece com samba. A grande mudança foi justamente, segundo a minha análise, o padrão de acompanhamento rítmico. O padrão de acompanhamento de "Pelo Telefone" é diferente, mais curto e mais simples. Diferente do padrão de acompanhamento dos anos de 1930 para cá.", afirma o professor.

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