A UFOP vem fortalecendo o vínculo com as Empresas Juniores (EJs) integrando-as à sua rede de projetos de extensão. O aumento do volume de trabalho e a expansão no número de empresas ao longo dos anos trouxe consigo a criação de novos núcleos e diretrizes.
Professor do Departamento de Direito, Felipe Comarela escreveu, junto com João Victor Oliveira, primeiro presidente da EJ do curso de Direito, a JusConsult, uma proposta de reestruturação da Central de Empresas Juniores da UFOP (CEJ), com o intuito de discutir a necessidade de revisão das normas relacionadas a essas empresas. Para ele, "a relação [das EJs] com a extensão se justifica no contexto de absorver conhecimento em sala de aula, realizar pesquisas necessárias a partir dos problemas apresentados, em relação direta com a sociedade, não existindo com fim financeiro, mas como mecanismo de formação dos estudantes, além de oferecer preços mais acessíveis a quem não teria acesso a esses serviços".
ATUAÇÃO - A UFOP possui sete EJs registradas em seus três campi, além de diversas outras em processo de regularização, que prestaram 210 ações extensionistas no ano passado, faturando R$ 235.000,00, valor que foi investido em infraestrutura e formação acadêmica. Elas possuem funções administrativas e educacionais, podendo vender produtos ou serviços, além de oferecê-los de forma voluntária para associações comunitárias, entidades filantrópicas ou pessoas físicas de baixa renda.
"Para a Universidade, o objetivo é alcançar a comunidade através dos seus discentes, por iniciativas dos mesmos, contribuindo para a formação de um ecossistema empreendedor e retribuindo para a comunidade através da utilização de profissionais e alunos da Instituição", destaca Raul Gouveia, aluno de Direito e representante discente da CEJ UFOP, que também ressaltou os benefícios gerados à comunidade acadêmica, pelas habilidades que são desenvolvidas pelos alunos participantes, e ao curso, com reconhecimento na prestação de serviços.
HISTÓRICO - O Fórum de Pró-Reitores de Extensão (Forproex) criou, em 2012, a Política Nacional de Extensão Universitária, indicando o processo acadêmico, indispensável na formação do estudante, a qualificação do professor e a interação com a sociedade como suas principais diretrizes, chamadas de tripé de atuação da extensão.
Em 2016 foi aprovada a Lei nº 13.267, que regulamenta o funcionamento das EJs. Em consonância com a legislação vigente, a CEJ foi criada pela Resolução Cuni nº 2.208, em 30 de Abril de 2019, tornando as EJs diretamente ligadas à Proex, trazendo "fortalecimento, reconhecimento de uma central e apoio mais forte dos colegiados", como ressalta o Pró-Reitor de Extensão, Marcos Knupp.