Criado por Administrator em qua, 16/05/2012 - 14:37
Por Rolder Wangler
A mais importante bacia hidrográfica da região sudeste, a do rio Doce, é
objeto de estudo de um projeto que, além de criar uma rede entre UFOP, a
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e contar com o apoio do
Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), pretende fazer análises de
microcontaminantes presentes nas águas.
Sob a coordenação dos professores Hubert Mathias Peter Roeser e Robson
José de Cássia Franco Afonso, o projeto tem o apoio da Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
Aprovada em 2009, a pesquisa visa fazer uma articulação entre instituições dos dois estados que, diretamente, são influenciados pela bacia, uma vez que não existia nenhum estudo sistemático em relação à presença de microcontaminantes em águas do rio Doce.
Mesmo já existindo parâmetros convencionais para estabelecer a qualidade das águas, o estudo busca avaliar outros tipos de contaminação, que são chamados de contaminantes emergentes. Eles são entendidos como produtos de higiene pessoal, fármacos e metabólicos e perturbadores endócrinos (hormônios e outras substâncias com atividades no sistema endócrino, como bisfenoll A e os anticoncepcionais).
A pesquisa busca estabelecer uma relação entre os contaminantes, a
geologia local, e as atividades antropogênicas (atividades humanas). A
partir de dados históricos do nível de contaminação das águas será
realizado a avaliação da presença de contaminantes emergentes na
composição atual em pontos do rio Doce.
Parceria com o Igam
Para aperfeiçoar ainda mais as buscas, o projeto conta com a parceria do Igam, vinculado à Secretária de Estado do Meio Ambiente que, entre outras questões, fornece a logística para coleta de amostras.
Parceria com o Igam
Para aperfeiçoar ainda mais as buscas, o projeto conta com a parceria do Igam, vinculado à Secretária de Estado do Meio Ambiente que, entre outras questões, fornece a logística para coleta de amostras.
Outro fator indispensável é o monitoramento da avaliação da qualidade das águas, que aborda questões relacionadas com o tratamento de esgotos e o tratamento de água. Esses fatores juntos são importantes para a avaliação da qualidade da água no estado de Minas Gerais.
Impacto na população
O projeto também tem um impacto direto na população porque identifica e quantifica essas substâncias que se encontram presentes no meio aquático. Essa iniciativa também influencia as vidas animal e biológica do local, uma vez que existe uma cadeia animal e vegetal que depende desse ecossistema. Esse estudo se torna importante para a gestão do meio ambiente no Estado, além de derivar outras linhas de pesquisa, como sistemas de tratamento de águas e efluentes.
Investimento
O projeto “Avaliação da contaminação por microcontaminantes orgânicos e a inter-relação entre diversidade geoquímica/geológica e a qualidade das águas da bacia do Rio Doce” conta com o aporte da Fapemig, no valor de R$ 335.265,00. O dinheiro é destinado para aparatos tecnológicos que auxiliem nas atividades que serão realizadas e possibilita pesquisas em outras águas superficiais, que são objetos de estudo do professor Hubert há 15 anos.