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Grupo de Estudos em Música Contemporânea da UFOP realiza apresentação instigante

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Monique Torquetti

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Monique Torquetti
A apresentação foi na noite desta quarta-feira (13).

De roupa preta, pés descalços e sem nenhuma maquiagem, a soprano caminha até a frente de uma partitura e começa a entoar sons, hora em notas agudas, hora em notas mais graves. A cantora diz: “Nada”, e, assim, acaba o primeiro ato.

Microfones pendurados de cabeça para baixo, um piano de cauda, um eletrônico e outros instrumentos compõem o cenário sóbrio da apresentação. Todos estão atentos esperando o que está por vir. O clima é de mistério. Segundo o professor e diretor Guilherme Paoliello, os pêndulos têm um papel fundamental na peça. “Os pêndulos fazem com que você escute e preste a atenção no movimento que está sendo executado, quebrando a linearidade pertencente a outras obras”, revela.

Entram mais três integrantes que seguram os microfones até a altura de seus ombros, e os soltam, criando um movimento de pêndulo. À medida que os microfones passam por cima das caixas de som, uma melodia completamente mecânica é emitida; uma microfonia. Quando o pêndulo começa a perder força, com os movimentos mais lentos, o som se torna mais potente e estridente. Enquanto isso, imagens de uma teia de fios são projetas no fundo do palco, que passam a fazer parte do cenário.

Um violão e um acordeon se juntam para compor uma melodia. Logo após, duas flautas e um piano integram à peça. Dois componentes começam a entoar dizeres de uma reza, e, aos poucos, todos passam a entoar também até ouvirem somente ruídos, sob forma de cochicho.

Para o estudante de Artes Cênicas Clodoaldo Borges, a música contemporânea, assim como todas outras formas artísticas que trabalham  com esta estética, traz uma percepção, reflexão e sensação de algo concreto e ao mesmo tempo abstrato, cheio e vazio, tudo e nada. “Diferente da arte moderna, ela nos deixa muitas vezes sem um discurso, um roteiro de como a arte pode nos tocar, transformar. Em sumo, nós vemos e ouvimos a performance artística/técnica, a sentimos, mas não sabemos de fato ainda como e quanto pode nos modificar no ser e no estar na vida”,pondera.

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