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Fórum busca valorização e visibilidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA)

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Júlia Mara Cunha

Para debater e compartilhar ações voltadas para a educação de jovens e adultos foram realizados, na última sexta-feira, 25, o 17º Fórum EJA Inconfidentes e a 91ª Plenária do Fórum Mineiro de EJA. O evento aconteceu no auditório do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) e foi dividido em três momentos: mesa-redonda, grupos de estudo e a convenção final.
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A mesa-redonda “XIII ENEJA: os desafios e os avanços para a construção de uma EJA com qualidade social” contou com a participação de coordenadores dos fóruns regionais de Minas Gerais, que apresentaram as atividades e os desafios que vivenciam em suas realidades. Segundo a coordenadora do Fórum Metropolitano, Monica Gomes, os problemas enfrentados em diferentes regiões são comuns a todos e com esse tipo de evento existe a possibilidade de debater e dar visibilidade à educação de jovens e adultos. “É uma tentativa de resgatar para os alunos de EJA o direito ao estudo”, aponta Gomes. 

Os grupos de estudo debateram e propuseram ações dentro de seis diferentes temáticas: EJA na CONAE 2014, Políticas de Formação de Professores de EJA, Políticas e Programas de Alfabetização de Adultos, Educação Especial na EJA, EJA e o Mundo do Trabalho: PROEJA/PRONATEC e Práticas Pedagógicas na EJA. Na sala “A EJA na CONAE 2014”, o pedagogo Álvaro Pereira da Silva conduziu os estudos, apresentou as realizações feitas pelos membros dos fóruns na Conferência Nacional de Educação e defendeu que o EJA deve ser uma política e não um programa.

Ao final dos estudos, os participantes apresentaram na Plenária as propostas feitas, algumas voltadas para a articulação e cooperação entre esferas governamentais, a formação de professores que estão iniciando nessa modalidade de ensino, a ampliação do tempo de discussão dos grupos, entre outras.

A estudante do 7º período de Pedagogia, Karlene de Souza, comenta que o evento foi uma oportunidade de “socializar o conhecimento entre os profissionais que trabalham com esse segmento do ensino e que as temáticas debatidas ajudam na melhoraria da educação”.

O papel da Universidade - Segundo a professora de pedagogia e coordenadora do Fórum da Região dos Inconfidentes, Regina Magna Bonifácio de Araújo, a Universidade tem um papel importante na construção de uma EJA de qualidade social. “A instituição consegue manter a discussão sempre presente e ajuda a sociedade a lutar por políticas públicas de formação de professores desta modalidade de ensino e por melhores currículos e escolas para esses alunos”, comenta Araújo.

O Programa de Educação de Jovens e Adultos (PEJA), o Programa de Estímulo a Docência (PED), as pesquisas e a disciplina EJA na formação do pedagogo, são exemplos de atividades desenvolvidas dentro do âmbito acadêmico que ajudam a dar visibilidade para um segmento que é importante e que precisa ser discutido.


Foto: Isadora Faria