Criado por Administrator em qui, 20/11/2014 - 17:54
Daiane Bento
A palestra "“Estratégia de Inovação para tempos incertos"” foi ministrada na manhã no terceiro dia do Encontro de Saberes, 20 de novembro, pelo gerente corporativo de inovação da Votorantim Metais, Rodrigo Gomes. Contextualizando com os tempos difíceis que afetam o meio da Mineração e Metalurgia, Gomes ressaltou a importância da inovação para vencer esse momento. "“Primeiro precisamos entender do que se trata a inovação, que tem o papel de transformar pesquisa em dinheiro, ou seja, se não está gerando para a empresa um novo dinheiro, não é inovação".
Sobre os tipos de inovação que existem explicou a diferença entre a incremental e a transformacional. A primeira consiste em melhorar e incrementar produtos já existentes, que é utilizada comumente nas áreas de mineração e metalurgia. A outra trata de gerar produtos totalmente novos, como é o caso da Apple, que sempre apostou nesse tipo de inovação, mas que pode ser aplicada as áreas minero-metalúrgicas também. “A principal diferença entre elas? Trata-se do risco”, explica Rodrigo, pois ao incrementar um produto já existente, as chances de erro no mercado são menores. Porém, o gerente afirma que uma ideia vinda de inovação transformacional, quando é realizada com sucesso, gera lucros muito maiores do que qualquer inovação incremental. Optar por um dos desses tipos de inovação pode ser a chave para continuar ou não no mercado e, como já foi comprovado, as que utilizam de criação e experimentação de produtos novos, realizando esses saltos de inovação permanecem firmes, enquanto milhares falem e desaparecem todos os anos.
Citando a história do Grupo Votorantim, explicou como a empresa passa por esses momentos incertos do mercado, especialmente a Votorantim Metais. A partir de crises na mineração que ocorreram em 2008 e com diversas empresas sendo fechadas, foram buscar compreender como passar por essas incertezas. Começaram a realizar uma pesquisa global, entendendo e absorvendo de seus concorrentes em todo o mundo o que tinham de melhor, desde processos à mão de obra. Dificuldades existiam em todos os países e eles queriam entender como passar por essas especificidades.
Com a realização dessa pesquisa, conseguiram prever e evitar alguns problemas, como excesso de oferta global, preços ruins de alguns metais, produtos com menor valor agregado e previsão de aumento de custos (salários, serviços, juros, etc). Resolveram, então, dar um salto estratégico nessa inovação, realizando-a de forma totalmente aberta, em um processo que as pessoas estão no centro e os três pilares são a inteligência da indústria e do governo, os processos de inovação e por fim os resultados (econômicos, ambientais e sociais), esses que são as bases da sustentabilidade.
As pesquisas nem sempre dão certo, mas são necessárias, pois algumas vingam e dão excelentes resultados, enquanto as outras podem ser utilizadas como meio de informação para futuras dúvidas, por isso existe sempre a documentação de tudo, funcionando como um banco de dados,” explica Rodrigo. Ele acrescenta que a equipe de pesquisa continua acompanhando o produto até a sua implantação, para ajudar em eventuais problemas.
O Encontro dos Saberes termina amanhã (21). Não perca os eventos que irão acontecer, acessando a programação completa aqui.