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Inspeção da UNESCO visita e avalia projeto Cantaria da UFOP

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Na tarde do dia 30 de agosto, uma comissão da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) visitou os Departamentos de Geologia e de Engenharia de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) com o objetivo de conhecer o projeto de extensão Cantaria, que desde 2002 resgata a arte da Cantaria, extinta em meados do século XIX, na região de Ouro Preto.

Desde o início da semana, visitas técnicas da UNESCO estão sendo realizadas pelos auditores Guy Martini e Rosalia Motica a fim de avaliar a inclusão da região do Quadrilátero Ferrífero à Rede Mundial de Geoparks. O Projeto Cantaria, do professor do Departamento de Engenharia de Minas (Demin) Carlos Alberto Pereira, foi apresentado como fator relevante da região do Quadrilátero Ferrífero.

Para o professor Carlos Alberto, “quando se fala de Geopark, trata-se da preservação de monumentos relacionados à geologia, mineração e metalurgia em um único espaço. Uma das formas de preservar esse conhecimento é por meio do projeto de extensão na comunidade, que é uma das razões para que ele exista. É importante que a comunidade entenda o valor deste projeto”.

A importância pedagógica do projeto nas escolas públicas e privadas da região também é fator de destaque, e visa especialmente à implantação de um programa de educação patrimonial sobre o tema. “Espaços sociais como esse facilitam o contato entre as comunidades, e permitem a criação de momentos de conversação para aprimorar questões sociais”, explicou o professor.

O projeto Cantaria conta com inúmeras publicações acadêmicas, além de estimular a participação de alunos de graduação da UFOP de várias áreas do conhecimento. Por meio do projeto, o professor Carlos Alberto já esteve na Itália, e vai para a Argentina para difundir a ideia do trabalho de resgate das tradições da cantaria.

Como membro do comitê científico do Geopark, a profª. Dra. Marcia Machado, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), está acompanhando a inspeção da UNESCO e explicou que a região do Quadrilátero está sendo analisada a partir de critérios das qualidades das rochas locais, mas sem deixar de lado a cultura tradicional do espaço. Marcia Machado também explicou que o Geopark é uma plataforma livre, aberta à associação de qualquer interessado. A proposta surgiu na UFMG como uma tese de Doutorado.