A professora Dulce Maria Pereira, do Departamento de Gestão Pública do Centro de Educação Aberta e a Distância (Cead) da UFOP e integrante do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi), foi nomeada como chefe de gabinete do Ministério das Mulheres na última quarta-feira (12) e toma posse no cargo nesta sexta (21).
Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília (UnB), a nova chefe de gabinete vai atuar na manutenção de canais permanentes de interlocução com movimentos sociais de mulheres e outros segmentos da sociedade civil, em articulação com o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), prestar apoio administrativo ao funcionamento do CNDM, coordenar a análise e o tratamento de dados e informações relativas aos programas e às ações desenvolvidos pelo Ministério, além de elaborar estudos especiais de apoio a pronunciamentos e projetos de interesse do órgão, entre outras atividades. Também tratará dos acordos e convênios internacionais.
Dulce Maria declara que pretende realizar uma ponte ainda mais concisa e produtiva entre o Ministério e as universidades, com o objetivo de expandir o suporte científico das políticas públicas para mulheres. "Pretendo ajudar a executar o compromisso do governo de reduzir a pobreza, através da mobilidade de mulheres da base da pirâmide, como mulheres negras e indígenas, a partir das diretrizes da ministra Cida Gonçalves".
A chefe de gabinete destaca também a política do novo governo e a expectativa de intervenção do Estado na imensa precarização da vida das mulheres, especialmente pretas e pardas, como motivo que a levou a assumir o cargo. "Quero trabalhar para quebrar as correntes da violência, fome, desterritorialização e contaminações, como também a falta de oportunidades das mulheres pretas, pardas e indígenas. Isso é uma forma de honrar a oportunidade de termos um presidente que prioriza a dignidade humana", afirma.
Apesar de estar desenvolvendo uma tese na Universidade Federal do Maranhão (UFMA),depois de imersão nos Estados Unidos e com previsão de pesquisa na África do Sul, Dulce conta que está /entusiasmada para participar da equipe do Ministério. "Servir o Brasil no atual contexto, em que as pessoas e seus territórios são tratados como prioridade, é um privilégio para mim. Trabalhar com um time de mulheres altamente qualificadas, como é a equipe do ministério, com a missão de entregar políticas públicas para nós mulheres, é uma forma nobre de lutar pelo bem viver".