A Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) realizou, na quinta (26), uma reunião com os funcionários terceirizados da Instituição. Participaram do encontro a vice-reitora da UFOP, Roberta Fróes, representantes da Associação Comercial e Empresarial de Ouro Preto (Aceop) e do Sistema Nacional de Emprego (Sine), além dos funcionários terceirizados. O objetivo foi discutir estratégias para minimizar os impactos dos desligamentos previstos em função de ajustes orçamentários.
A gestão da UFOP enfrenta um déficit estimado em R$ 10 milhões até o final de 2025 e, por isso, tem adotado medidas para racionalizar os gastos. Uma dessas ações é a redução de contratos de terceirização, o que resultará no desligamento de trabalhadores dos setores de limpeza, recepção e comunicação.
De acordo com a vice-reitora, a decisão foi tomada após diversas tentativas de manter os postos de trabalho. "Essa redução, infelizmente, foi necessária diante do cenário financeiro da Universidade", disse, destacando a busca por meios para "amenizar os efeitos dessa medida, promovendo esse encontro com instituições que podem auxiliar na recolocação dos trabalhadores". Ainda de acordo com Roberta, a iniciativa faz parte da responsabilidade social da Universidade. "A parceria com a Aceop, com o Sine e com empresas da região tem sido essencial. Muitas delas já nos procuraram interessadas em contratar esses profissionais, que são extremamente qualificados e prontos para o mercado de trabalho", completou.
O diretor do posto do Sine em Ouro Preto, Guilherme de Jesus, reforçou o compromisso do órgão com a recolocação dos trabalhadores. Segundo ele, o objetivo é "estudar cada caso individualmente e fazer o possível para facilitar a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho". Ele informou que, atualmente, o Sine tem "cerca de 732 vagas abertas em diversas áreas" e que os interessados devem procurar o órgão "com carteira de trabalho e documentos pessoais para realizar o cadastro e verificar as vagas disponíveis".
AUTONOMIA - A vice-reitora ressaltou também que a UFOP não possui autonomia para decidir quais profissionais serão desligados, uma vez que essa decisão cabe às empresas contratadas pela Instituição. A Universidade define apenas a quantidade de postos de trabalho a serem mantidos, respeitando a autonomia das prestadoras de serviço.