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UFOP Conhecimento explica o Método Clínico

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TvUFOP
Com: 
Charles Santos

Analisado pela professora do Departamento de Educação e coordenadora do Programa Caleidoscópio, Margareth Diniz, o Método Clínico parte do pressuposto de que o pesquisador integra o seu objeto de estudo.

“Não é possível fazer uma pesquisa sem que o próprio pesquisador ou pesquisadora esteja envolvido nesse trabalho de pesquisa. O método clínico pressupõe então, que o sujeito vai apresentar transferências e algumas resistências em relação ao que ele pode, ou que ele não pode saber”, afirma Margareth.

Para desenvolver a pesquisa, há cerca de seis anos, o Programa Caleidoscópio criou grupos de conversação com cerca de 19 mulheres professoras do distrito de Santa Rita de Ouro Preto. O trabalho de escuta dessas professoras analisava as queixas recorrentes sobre o trabalho nas salas de aula.  A conversação além de auxiliar o embasamento teórico da pesquisa, ainda funcionava como intervenções na própria organização do trabalho escolar.

O objetivo das discussões era extrair elementos que também pudessem servir de análise para além das queixas. Pelos relatos ouvidos, notou-se que, há cerca de sete anos, a situação de violência que as crianças sofriam na região do distrito de Santa Rita de Ouro Preto, relatados em várias conversações, era um fator que causava grande parte do sofrimento das professoras. A primeira parte da pesquisa foi publicada em forma de livro e, a partir deste trabalho, também foi desenvolvido o Fórum Municipal de Atenção a Criança e o Adolescente.  

O Método Clínico surge por meio da discussão da relação entre o sujeito e objeto, na pesquisa e na formação docente. De acordo com Margaeth “o Método Clínico é um método que usa um paradigma diferente do paradigma das ciências duras, das chamadas ciências cartesianas” por considerar essa relação. Do ponto de vista da psicanálise o método clínico procura entender essa relação no campo da educação.

Os estudos analisaram os acontecimentos sob o ponto de vista psíquico, buscando entender o que causa incômodo no sujeito diante de determinadas situações. No caso das professoras, esse mal-estar foi a causa do adoecimento delas. A segunda parte do estudo já foi concluída e está em fase de elaboração teórica. Os estudos são em torno da análise por meio da relação sujeito e saber.  

O adoecimento das professoras em contato com o trabalho pedagógico também foi abordado no UFOP Conhecimento sobre o Mal-estar Docente. Confira as pesquisas em torno do Método Clínico no UFOP Conhecimento.

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