Criado por Administrator em sex, 01/02/2013 - 10:07
A Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) apresentou nesta quinta-feira, 31, as ações de conscientização sobre o consumo de álcool e outras drogas, durante entrevista coletiva para a imprensa. Na sede da Reitoria, em Ouro Preto, o professor João Luiz Martins, reitor da Universidade, recebeu os jornalistas, juntamente com o novo reitor, Marcone Jamilson Freitas Souza, e a vice-reitora, Célia Maria Fernandes Nunes, que assumem os respectivos cargos a partir do dia 15 de fevereiro. Também estavam presentes na coletiva o Pró-reitor de Administração, André Lana, e o Pró-reitor de Assuntos Comunitários e Estudantis, Rafael Magdalena, além de representantes das ARROP e da Refop.
Entre as propostas, está a intenção de alterações na Resolução CUNI nº 586, relativa ao regime disciplinar discente, com o objetivo de ampliar seu alcance na ocasião de infração envolvendo aluno, ainda que fora dos limites físicos da Universidade. Pretende-se garantir melhorias no processo de acolhida de novos moradores nas repúblicas federais, assim como ampliar as possibilidades de ação em casos que envolvam membros da comunidade acadêmica. A ampliação do alcance da Resolução CUNI nº 586 servirá para apurar a conduta do aluno sempre que essta estiver vinculada à sua condição discente e que tiver impacto Institucional e depende de aprovação no Conselho Universitário.
Para as repúblicas particulares, nunca houve regra própria, haja vista serem estabelecidas por uma relação contratual de inquilinato da qual a UFOP não faz parte. A proposta abre possibilidade para que a universidade atue nessas residências de maneira mais direta. No caso das residências estudantis pertencentes à própria Universidade, conhecidas como repúblicas federais, as responsabilidades são objetivas e estabelecidas por meio da Resolução CUNI n°. 1.150.
Ampliação das ações da Prace
Além da medida legal de alteração do documento, a Universidade vem ampliando sua atuação junto à comunidade estudantil por meio da Pró-reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (Prace). Em uma iniciativa pioneira e inovadora, a Prace acompanha a composição de um conselho composto por pais e responsáveis de alunos da UFOP. O grupo tem uma reunião agendada para o dia 22 de fevereiro para formação do Conselho.
Outras ações da Prace envolvem o Projeto Insight, sobre saúde mental, a Calourada Unificada e a construção de um programa específico no Centro de Saúde da UFOP para redução de danos ao relativos ao consumo de caráter contínuo de álcool e outras drogas, de caráter contínuo.
Mesmo com o quadro de alunos composto, quase em sua totalidade, por maiores de 18 anos, o objetivo é atuar na educação e conscientização dos jovens quanto à realidade que eles constroem no processo de amadurecimento e desenvolvimento de suas liberdades, direitos e deveres. Essa mobilização é reforçada por um maior engajamento dos representantes da Associação de Moradores de Repúblicas Federais de Ouro Preto (Refop) e da Associação das Repúblicas Reunidas de Ouro Preto (Arrop), – composta pelas repúblicas particulares da cidade.
As representações estudantis trabalham na revisão da cultura republicana, de modo a transformar as práticas de acolhimento de novos moradores que possam ser consideradas nocivas no convívio estudantil. Propõe-se que os grupos trabalhem articulados, atuando, entre outras questões, no processo de escolha dos moradores, para que esse seja mais humanizado, fazendo melhor uso das repúblicas como equipamento de permanência estudantil.
Campanha de conscientização
Intitulada “Avalie seu consumo”, a campanha faz parte de estratégias da Universidade com o que têm como objetivo de promover mudanças no consumo de drogas lícitas e ilícitas, principalmente no meio universitário. De maneira provocativa, utiliza aspectos lúdicos para chamar à reflexão e colaborar no processo de autoavaliação sobre o consumo de substâncias que causam dependência. A ação apresenta informações sobre os tipos de droga, seus efeitos, e conseqüência para a saúde física e mental e os riscos envolvidos no processo.
A campanha tem caráter permanente. Pretende-se trazer à discussão outros tipos de vícios e hábitos de consumo, abordando frentes questões como a má alimentação, uso indiscriminado de medicamentos, problemas com autoestima e autoimagem, e consumo consciente relacionado a recursos naturais e financeiros. Serão distribuías camisetas, adesivos, marcadores de livros e ventarolas no centro histórico, com o objetivo de disseminar a mensagem entre os foliões. Cartazes serão distribuídos pelas repúblicas federais e particulares, além de outros pontos da cidade.
A UFOP convidou parceiros para apoiar a campanha e promover as ações de conscientização, de modo a ampliar sua visibilidade. Entre os apoiadores, estão as prefeituras de Ouro Preto e Mariana, as Câmaras Municipais das duas cidades, as entidades de classe ligadas à Universidade e outras representações estudantis, como as associações de moradores de repúblicas federais e particulares.
No endereço www.avalieseuconsumo.ufop.br, serão publicados textos que abordam o tema, produzidos com o apoio de profissionais das áreas de saúde, psicologia e serviço social. Em formato de blog, a página incentiva a participação da comunidade acadêmica e se propõe a esclarecer dúvidas e informar sobre os riscos do consumo irresponsável, como os vícios e a dependência. Além disso, foram produzidos vídeos para TV e spots para rádio.
Sindicância apresentou resultados da apuração sobre morte de aluno
A Comissão de Sindicância – criada para apurar os fatos relacionados à morte do estudante Pedro Silva Vieira, aluno do curso de Química Industrial que faleceu nas dependências da República Federal Saudade da Mamãe, na madrugada do dia 30 de novembro de 2012 – aponta que não houve ação dolosa na ocasião da morte do aluno.
O presidente da Comissão, André Luis dos Santos Lana, Pró-reitor de Administração, alerta, no entanto, que o ambiente e o contexto da vida republicana estimulam o consumo excessivo de bebidas, o que pode ter contribuído para o óbito. Isso, segundo ele, justifica as ações desencadeadas pela UFOP a fim de reduzir riscos relacionados ao consumo de álcool.
Entre as propostas encaminhadas, está a vinculação do rendimento acadêmico dos alunos à permanência nas repúblicas federais. Além disso, será feito um trabalho de orientação para que os moradores possam identificar situações de risco e saber como encaminhar o fato às instâncias cabíveis na Universidade.
A Comissão também irá orientar os alunos para a busca de um ambiente mais familiar nas repúblicas, substituindo procedimentos autoritários por processos democráticos. Amparada pelo Decreto Federal Nº 6.117, de 22 de maio de 2007, que trata da Política Nacional sobre o Álcool, encaminhou também pedido para que as repúblicas evitem propagandas nocivas, que estimulem o consumo exagerado de bebidas alcoólicas dentro das residências.
Instaurada em 3 de dezembro de 2012, a Comissão foi composta por representantes das Pró-Reitorias de Graduação (Prograd), de Administração (Proad) e de Assuntos Comunitários e Estudantis (Prace). Foram realizadas visitas à República Saudade da Mamãe, com coleta de depoimentos de moradores e levantamento de documentação. A Associação de Moradores de Repúblicas Federais de Ouro Preto (Refop) também foi ouvida e inserida no diálogo em busca de uma solução para os excessos cometidos nas residências.
Confira as conclusões da Comissão de Sindicância:
A causa da morte do aluno Pedro Silva Vieira somente será esclarecida com a emissão do laudo de necropsia, mas é possível concluir que ele consumiu bebidas alcoólicas excessivamente e não foi vítima de “trotes” ou coações que tenham ensejado a sua morte. Independentemente do fato, a Comissão conclui que várias práticas das repúblicas precisam ser repensadas para que outros jovens não tenham o mesmo fim. Entende a Comissão que as normas formais e sociais das repúblicas precisam contemplar os seguintes itens:
I. Valorização do rendimento acadêmico, com a vinculação direta da permanência do aluno na república com a obtenção de um coeficiente escolar mínimo;
II. Treinamentos e orientações para que os moradores das repúblicas sejam capazes de identificar situações médicas mais graves e prestar o devido socorro;
III. Ação junto aos ex-moradores para que estes possam compreender que mudanças são necessárias para que as repúblicas sejam efetivamente um local de ambiente familiar e facilitador no processo de ambientação e estímulo ao bom rendimento escolar;
IV. Estimular a presença de pais nas repúblicas e no acompanhamento do rendimento escolar dos seus filhos;
V. Eliminar hierarquias e procedimentos autoritários, dando preferência para formas de gestão democráticas, humanizadas e participativas, de modo que os calouros tenham maior tempo para se dedicar aos estudos;
VI. Realizar campanhas sobre alimentação saudável e cuidados com a saúde, fazendo com os que os colegas de república estimulem as boas práticas entre si.
VII. Vedar a presença de propagandas e ações de marketing nas repúblicas estudantis, em consonância com o que dispõe o item 12 do anexo I do Decreto nº. 6.117/2007;
VIII. Adequar todas as ações da Universidade, seja em ensino, pesquisa ou extensão, às diretrizes estabelecidas pela “Política Nacional sobre o Álcool”, nos termos do Decreto nº. 6.117/200;
IX. Criar propagandas e programas permanentes de conscientização e combate ao uso abusivo de álcool e outras drogas;
X. Buscar outras formas de socialização, sobretudo por meio do esporte e das atividades acadêmicas de extensão.
Entre as propostas, está a intenção de alterações na Resolução CUNI nº 586, relativa ao regime disciplinar discente, com o objetivo de ampliar seu alcance na ocasião de infração envolvendo aluno, ainda que fora dos limites físicos da Universidade. Pretende-se garantir melhorias no processo de acolhida de novos moradores nas repúblicas federais, assim como ampliar as possibilidades de ação em casos que envolvam membros da comunidade acadêmica. A ampliação do alcance da Resolução CUNI nº 586 servirá para apurar a conduta do aluno sempre que essta estiver vinculada à sua condição discente e que tiver impacto Institucional e depende de aprovação no Conselho Universitário.
Para as repúblicas particulares, nunca houve regra própria, haja vista serem estabelecidas por uma relação contratual de inquilinato da qual a UFOP não faz parte. A proposta abre possibilidade para que a universidade atue nessas residências de maneira mais direta. No caso das residências estudantis pertencentes à própria Universidade, conhecidas como repúblicas federais, as responsabilidades são objetivas e estabelecidas por meio da Resolução CUNI n°. 1.150.
Ampliação das ações da Prace
Além da medida legal de alteração do documento, a Universidade vem ampliando sua atuação junto à comunidade estudantil por meio da Pró-reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (Prace). Em uma iniciativa pioneira e inovadora, a Prace acompanha a composição de um conselho composto por pais e responsáveis de alunos da UFOP. O grupo tem uma reunião agendada para o dia 22 de fevereiro para formação do Conselho.
Outras ações da Prace envolvem o Projeto Insight, sobre saúde mental, a Calourada Unificada e a construção de um programa específico no Centro de Saúde da UFOP para redução de danos ao relativos ao consumo de caráter contínuo de álcool e outras drogas, de caráter contínuo.
Mesmo com o quadro de alunos composto, quase em sua totalidade, por maiores de 18 anos, o objetivo é atuar na educação e conscientização dos jovens quanto à realidade que eles constroem no processo de amadurecimento e desenvolvimento de suas liberdades, direitos e deveres. Essa mobilização é reforçada por um maior engajamento dos representantes da Associação de Moradores de Repúblicas Federais de Ouro Preto (Refop) e da Associação das Repúblicas Reunidas de Ouro Preto (Arrop), – composta pelas repúblicas particulares da cidade.
As representações estudantis trabalham na revisão da cultura republicana, de modo a transformar as práticas de acolhimento de novos moradores que possam ser consideradas nocivas no convívio estudantil. Propõe-se que os grupos trabalhem articulados, atuando, entre outras questões, no processo de escolha dos moradores, para que esse seja mais humanizado, fazendo melhor uso das repúblicas como equipamento de permanência estudantil.
Campanha de conscientização
Intitulada “Avalie seu consumo”, a campanha faz parte de estratégias da Universidade com o que têm como objetivo de promover mudanças no consumo de drogas lícitas e ilícitas, principalmente no meio universitário. De maneira provocativa, utiliza aspectos lúdicos para chamar à reflexão e colaborar no processo de autoavaliação sobre o consumo de substâncias que causam dependência. A ação apresenta informações sobre os tipos de droga, seus efeitos, e conseqüência para a saúde física e mental e os riscos envolvidos no processo.
A campanha tem caráter permanente. Pretende-se trazer à discussão outros tipos de vícios e hábitos de consumo, abordando frentes questões como a má alimentação, uso indiscriminado de medicamentos, problemas com autoestima e autoimagem, e consumo consciente relacionado a recursos naturais e financeiros. Serão distribuías camisetas, adesivos, marcadores de livros e ventarolas no centro histórico, com o objetivo de disseminar a mensagem entre os foliões. Cartazes serão distribuídos pelas repúblicas federais e particulares, além de outros pontos da cidade.
A UFOP convidou parceiros para apoiar a campanha e promover as ações de conscientização, de modo a ampliar sua visibilidade. Entre os apoiadores, estão as prefeituras de Ouro Preto e Mariana, as Câmaras Municipais das duas cidades, as entidades de classe ligadas à Universidade e outras representações estudantis, como as associações de moradores de repúblicas federais e particulares.
No endereço www.avalieseuconsumo.ufop.br, serão publicados textos que abordam o tema, produzidos com o apoio de profissionais das áreas de saúde, psicologia e serviço social. Em formato de blog, a página incentiva a participação da comunidade acadêmica e se propõe a esclarecer dúvidas e informar sobre os riscos do consumo irresponsável, como os vícios e a dependência. Além disso, foram produzidos vídeos para TV e spots para rádio.
Sindicância apresentou resultados da apuração sobre morte de aluno
A Comissão de Sindicância – criada para apurar os fatos relacionados à morte do estudante Pedro Silva Vieira, aluno do curso de Química Industrial que faleceu nas dependências da República Federal Saudade da Mamãe, na madrugada do dia 30 de novembro de 2012 – aponta que não houve ação dolosa na ocasião da morte do aluno.
O presidente da Comissão, André Luis dos Santos Lana, Pró-reitor de Administração, alerta, no entanto, que o ambiente e o contexto da vida republicana estimulam o consumo excessivo de bebidas, o que pode ter contribuído para o óbito. Isso, segundo ele, justifica as ações desencadeadas pela UFOP a fim de reduzir riscos relacionados ao consumo de álcool.
Entre as propostas encaminhadas, está a vinculação do rendimento acadêmico dos alunos à permanência nas repúblicas federais. Além disso, será feito um trabalho de orientação para que os moradores possam identificar situações de risco e saber como encaminhar o fato às instâncias cabíveis na Universidade.
A Comissão também irá orientar os alunos para a busca de um ambiente mais familiar nas repúblicas, substituindo procedimentos autoritários por processos democráticos. Amparada pelo Decreto Federal Nº 6.117, de 22 de maio de 2007, que trata da Política Nacional sobre o Álcool, encaminhou também pedido para que as repúblicas evitem propagandas nocivas, que estimulem o consumo exagerado de bebidas alcoólicas dentro das residências.
Instaurada em 3 de dezembro de 2012, a Comissão foi composta por representantes das Pró-Reitorias de Graduação (Prograd), de Administração (Proad) e de Assuntos Comunitários e Estudantis (Prace). Foram realizadas visitas à República Saudade da Mamãe, com coleta de depoimentos de moradores e levantamento de documentação. A Associação de Moradores de Repúblicas Federais de Ouro Preto (Refop) também foi ouvida e inserida no diálogo em busca de uma solução para os excessos cometidos nas residências.
Confira as conclusões da Comissão de Sindicância:
A causa da morte do aluno Pedro Silva Vieira somente será esclarecida com a emissão do laudo de necropsia, mas é possível concluir que ele consumiu bebidas alcoólicas excessivamente e não foi vítima de “trotes” ou coações que tenham ensejado a sua morte. Independentemente do fato, a Comissão conclui que várias práticas das repúblicas precisam ser repensadas para que outros jovens não tenham o mesmo fim. Entende a Comissão que as normas formais e sociais das repúblicas precisam contemplar os seguintes itens:
I. Valorização do rendimento acadêmico, com a vinculação direta da permanência do aluno na república com a obtenção de um coeficiente escolar mínimo;
II. Treinamentos e orientações para que os moradores das repúblicas sejam capazes de identificar situações médicas mais graves e prestar o devido socorro;
III. Ação junto aos ex-moradores para que estes possam compreender que mudanças são necessárias para que as repúblicas sejam efetivamente um local de ambiente familiar e facilitador no processo de ambientação e estímulo ao bom rendimento escolar;
IV. Estimular a presença de pais nas repúblicas e no acompanhamento do rendimento escolar dos seus filhos;
V. Eliminar hierarquias e procedimentos autoritários, dando preferência para formas de gestão democráticas, humanizadas e participativas, de modo que os calouros tenham maior tempo para se dedicar aos estudos;
VI. Realizar campanhas sobre alimentação saudável e cuidados com a saúde, fazendo com os que os colegas de república estimulem as boas práticas entre si.
VII. Vedar a presença de propagandas e ações de marketing nas repúblicas estudantis, em consonância com o que dispõe o item 12 do anexo I do Decreto nº. 6.117/2007;
VIII. Adequar todas as ações da Universidade, seja em ensino, pesquisa ou extensão, às diretrizes estabelecidas pela “Política Nacional sobre o Álcool”, nos termos do Decreto nº. 6.117/200;
IX. Criar propagandas e programas permanentes de conscientização e combate ao uso abusivo de álcool e outras drogas;
X. Buscar outras formas de socialização, sobretudo por meio do esporte e das atividades acadêmicas de extensão.