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Núcleo de Investigações Feministas realiza manifestação contra violência sexual

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Na tarde desta quarta-feira, 27, o Núcleo de Investigações Feministas (Ninfeias) promoveu, na Praça da Estação de Ouro Preto, uma manifestação pública contra a violência sexual. O Núcleo é coordenado pela professora Nina Caetano, do Departamento de Artes Cênicas (Deart) da UFOP e tem como objetivo o estudo de teorias e práticas feministas performativas, instigando a troca e a provocação artística entre mulheres. A manifestação buscou incentivar as mulheres a denunciarem a violência, ao mesmo tempo em que colocou em pauta a necessidade de conscientização sobre o tema.

A vice-reitora da UFOP, professora Célia Maria Fernandes Nunes, declarou que a administração vem acompanhando as matérias que foram publicadas sobre as denúncias de violência contra as mulheres e reafirmou que a Universidade repudia qualquer tipo de ação que vá contra os Direitos Humanos. "Sabemos que a questão merece atenção na sociedade, de modo geral, e que a mulher passa por muitas situações de constrangimento e enfrentamento. Como instituição pública de ensino, acreditamos que a manifestação é legítima na medida em que traz à tona um tema que precisa ser discutido". Celinha ainda destacou que o tema foi levado à reunião do Conselho Universitário, realizada na terça-feira, 26 de agosto, e os conselheiros trouxeram contribuições sobre como a Instituição pode encaminhar e atender a demandas que estão sendo apresentadas pela manifestação, por meio de ações concretas como o projeto Sou Mais Juventude e a Pró-reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis. 
 

O coletivo Ninfeias é composto, exclusivamente, por mulheres, alunas e ex-alunas da Universidade e moradoras de Ouro Preto. Para chamar a atenção de quem passava pela rua, as mulheres prepararam a intervenção “Dançar é uma revolução” e distribuíram panfletos para conscientizar a população sobre a importância de denunciar casos de violência. O coletivo, que foi criado em outubro de 2013, funciona também como um grupo de apoio para mulheres vítimas de violência.

O presidente da Associação das Repúblicas Federais de Ouro Preto (Refop), o estudante da Engenharia de Minas Raphael Costa Souza, declarou que a Refop “está apoiando a iniciativa do Ninfeia e acha importante essa manifestação, para evitar futuros casos e encorajar mulheres a denunciar". Para a Associação, é inaceitável que esse tipo de violência ocorra em qualquer lugar e, principalmente, dentro de repúblicas federais: "Vai contra o que pregamos dentro das repúblicas, que á a boa convivência, a civilidade, a honestidade”, declarou.

A estudante do 7º período de Artes Cênicas e moradora da República Federal Quarto Crescente, Ana Gabriela de Souza Santos, acredita que ao trazer à tona a violência que acontece contra as mulheres, mudanças podem ocorrer: "Talvez, assim as coisas comecem a ser vistas e as pessoas possam denunciar. O suposto caso em república deve ser investigado antes de se julgar e, caso seja comprovada a violência, eu acho que o agressor deve ser punido”.

Ao final, foi entregue uma carta de reivindicação à Reitoria, solicitando que a Universidade se posicione e tome providências a respeito dos relatos de supostos abusos em repúblicas federais. O documento foi assinado alunos, docentes e coletivos. “Esperamos abrir um canal de diálogo e começar a discutir essa questão no âmbito da administração”, ponderou a professora.
 
 
Veja matéria produzida pela TV UFOP sobre a manifestação:
 
 
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