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Orquestra Ouro Preto realiza mais um concerto em Ouro Preto

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A Orquestra Ouro Preto realiza mais um concerto em Ouro Preto, desta vez, trazendo ao público obras de compositores argentinos e brasileiros, além do inglês Gustav Holst. O concerto acontece na próxima sexta-feira, 12 de setembro, na Igreja São Francisco de Assis, às 20h30. A entrada é franca.

Segundo o maestro Rodrigo Toffolo “o objetivo deste concerto é mostrar um pouco da efervescência cultural típica da América Latina”, diz. Na abertura do concerto, a Orquestra interpreta a Suíte St. Paul, de Holst, e em seguida, transita no universo da música argentina e brasileira, com a apresentação de obras consagradas do tango argentino, dos compositores Angel Villoldo, Matos Rodríguez e Piazzolla. Os solos e arranjos do repertório portenho escritos especialmente para a Orquestra Ouro Preto são do bandeonista Rufo Herrera. O compositor argentino executará também Candomblera, composta por ele em julho deste ano. Para encerramento do concerto, a Orquestra apresenta ao público obras dos compositores brasileiros Chiquinho de Assis e Ernani Aguiar, escritas especialmente para a Orquestra Ouro Preto. 

Este concerto conta com o patrocínio da empresa ArcelorMittal, por meio dos benefícios fiscais da Lei Federal de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet.

O Repertório:

Gustav Holst – “Suíte St. Paul”
Gustav Holst nasceu em 1874, no Reino Unido, e ficou mundialmente conhecido por suas obras baseadas na literatura hindu e nas canções folclóricas inglesas.
A Suíte St. Paul foi composta em 1913, quando ensinava na escola de meninas St. Paul em Londres, onde trabalhou de 1905 até sua morte em 1934.

Rufo Herrera – “Candomblera” (2008)
Contribuição mais recente de Rufo Herrera para o repertório da Orquestra, Candomblera foi composta para o circuito da Orquestra pelos 13 distritos do município de Ouro Preto, julho passado, com o propósito de mostrar ao público o bandoneon mais estreitamente vinculado à rítmica brasileira, sem renúncia a seu timbre único, inconfundível


Angel Villoldo – “El Choclo”
Obra já consagrada, criada há um século, transita, por sua beleza, nos palcos dos grandes teatros e casas de espetáculos. El Choclo é obra de Villoldo (1861-1919), e tem lugar de destaque em toda a história do tango por ser marco dos primeiros tempos de vida do novo gênero.


Matos Rodríguez – “La Cumparsita”
A mundialmente conhecida La Cumparsita, de Matos Rodrigues (1897-1948), é um verdadeiro “hino dos tangos”. O arranjo de Rufo Herrera, realizado a pedido de seu amigo e companheiro Ronaldo Toffolo – a quem foi dedicado e presenteado – é um encanto, onde a maestria da escrita torna erudita a simplicidade melódica do tango.     

 Astor Piazzolla – “Libertango” e “Adiós Nonino”
Astor Piazzolla nasceu em 1921, em Mar del Plata, na Argentina. Piazzolla na música argentina gerou grande controvérsia. Foi incompreendido, a tal ponto de chamar seu “nuevo tango” de "música contemporânea da cidade de Buenos Aires". Com Adiós Nonino, Decarísimo e Muerte del Angel começou a trilhar um caminho de sucesso que lhe permitiu percorrer o mundo e ampliar a magnitude de seu público. A música de Piazzolla é sem dúvida uma das maiores expressões artísticas que a Argentina já deu ao mundo. Incorporando ao tango a contribuição do jazz e da música clássica, Piazzolla conseguiu um resultado maravilhoso e ao mesmo tempo inovador, sofisticando esse ritmo portenho e revolucionando seus conceitos. Faleceu em Buenos Aires, em 1992. Libertango, extremamente sensual, ficou conhecida como um clássico de ferro e fogo! Quanto a Adiós Nonino, é um clássico, dentre as obras de Piazzolla. Divide com Invierno Porteño a glória da justificada estima do público. Os arranjos são de autoria de Rufo Herrera.


Ernani Aguiar – “Abertura Breve” (2007)
Abertura Breve do compositor ouro-pretano Ernani Aguiar (1950), composta em 2007 para a Orquestra Ouro Preto, sobre uma base rítmica bem brasileira, utiliza o corpo orquestral original da Orquestra, desenhando na sutileza e magistralidade de sua composição a alegria do balanço do samba. 

Chiquinho de Assis – “Beco do Pilão” (2004) e “Calango” (2007)
Beco do Pilão, do compositor ouro-pretano Chiquinho de Assis (1977), é um chorinho tipicamente inspirado nas serestas de Ouro Preto, certamente uma “obra-prima” em que Chiquinho remete o ouvinte ao encontro de um dos muitos becos, todos poéticos, que cortam o centro histórico da cidade de Ouro Preto.  
Calango é o primeiro movimento do concerto “In Sonal”, e mostra propostas melódicas e harmônicas que possibilitam um rico diálogo entre o bandolim e o piano. A batida do Zé Pereira - bloco carnavalesco de Ouro Preto -remete o ouvinte a uma das mais fortes tradições do carnaval da cidade “monumento da humanidade”. Chiquinho é músico fundador, além de compositor da Orquestra Ouro Preto.


Rufo Herrera
Rufo Herrera é argentino, nascido em Córdoba (1933) e radicado no Brasil desde 1963. É um dos fundadores da Orquestra e um de seus atuais coordenadores. É autor de mais de 200 obras e detentor de importantes prêmios, sendo um exímio mestre no bandoneon, detentor de elaborada técnica que lhe permite tocar desde fugas de J.S.Bach a obras complexas de importantes e consagrados compositores argentinos. Sua intensa atividade e várias premiações em eventos nacionais e internacionais lhe valeram o reconhecimento como um dos expoentes da vanguarda musical latino-americana. É “doutor honoris causa” da Universidade Federal de Ouro Preto.

O Maestro Rodrigo Toffolo
Aluno de regência orquestral do maestro-compositor Ernani Aguiar e Mestre em Musicologia pelo Departamento de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rodrigo Toffolo (1977) é violinista integrante do grupo de câmara Bateia. Atuou longo tempo como violinista do Quarteto Ouro Preto. É músico fundador da Orquestra Ouro Preto, Coordenador Artístico e atual Regente Titular.



A Orquestra Ouro Preto
A Orquestra Ouro Preto foi criada em maio de 2000, com o nome Orquestra Experimental UFOP/Ouro Preto, por Rufo Herrera e Ronaldo Toffolo, ambos então professores da Universidade Federal de Ouro Preto. São seus regentes titulares os maestros Silvio Viegas e Rodrigo Toffolo. Tem como propostas o desenvolvimento de repertório diversificado em gênero e épocas e a oferta à comunidade universitária, local e itinerante de uma programação permanente de concertos, além da difusão da música de “compositores da escola mineira”, com ênfase naqueles que atuaram em Vila Rica e Mariana nos séculos XVIII e XIX, a exemplo de João de Deus de Castro Lobo (1794-1832).