Criado por Administrator em ter, 29/11/2011 - 11:25
A pesquisa “Soluções inovadoras para leishmaniose visceral canina” da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), coordenada pelo professor Alexandre Barbosa Reis, estuda e analisa casos da doença a fim de desenvolver estratégias para o diagnostico, terapia e vacinas para imunoprofilaxia da leishmaniose visceral. O Brasil é o país da América Latina com maior número de casos. Segundo dados do Ministério da Saúde, a leishmaniose atinge dois em cada 100 mil habitantes e, destes, quase 60% são crianças menores de dez anos.
A Leishmaniose Visceral Humana é uma doença crônica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso e anemia. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos. A pesquisa também busca desenvolver tratamentos para a Leishmaniose Visceral Humana Grave, uma vez que em sua versão canina é uma doença de difícil cura e tratamento.
A vacina apresenta-se como uma ferramenta de imunoprofilaxia, medida de prevenção que utiliza o sistema imune. Pode ser utilizada em cães como vacina, como imunoterápico ou mesmo como imunoquimioterápico, quando ocorre o uso combinado de quimioterapia e imunoterapia no tratamento ou controle da doença.
A pesquisa é uma parceria da UFOP com outras universidades como a Federal de Minas Gerais (UFMG), a Federal de Alfenas (Unifal) e a Fundação Oswaldo Cruz, em Belo Horizonte, e conta com parcerias internacionais na Espanha, (Centro de Salud Carlos III), e em laboratórios nos Estados Unidos (NIAID/NIH) e em Portugal (Universidade do Porto).
O coordenador do projeto, professor do Departamento de Análises Clínicas da Escola de Farmácia e pesquisador do Laboratório de Imunopatologia do Núcleo de Pesquisas em Ciência Biológica da UFOP (NUPEB), Alexandre Barbosa Reis, ressalta o papel da pesquisa na UFOP: “As pesquisas que nascem dentro da Universidade estimulam os jovens a se interessar por conhecimento, a gostar de fazer ciência”. A linha de pesquisa já possibilitou a execução de dissertações de mestrado, teses de doutorado e diversos trabalhos de graduação.
O estudo tem outras frentes, como a área de tratamento, que conta com a coordenação da professora Cláudia Carneiro, e com ensaios de vacinas, sob a coordenação do Prof. Rodolfo Cordeiro Giunchetti. O grupo de Imunopatologia das Leishmanioses conta atualmente com a participação de 60 pessoas na UFOP, além de pesquisadores em outras instituições. As pesquisas do grupo já renderam prêmios como à melhor Tese da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal em Nível Superior (CAPES), em 2009, e reconhecimento nacional pelo Ministério da Saúde.