Criado por Administrator em sex, 14/03/2014 - 16:38
Caroline Antunes
Com a ideia de preservar os patrimônios naturais por meio de pesquisas em trilhas de uso público, Ricardo Eustáquio Fonseca Filho, formado em Turismo pela UFOP e atualmente professor da Universidade, idealizou sua pesquisa de doutorado com o tema "Estudo do patrimônio pedológico em unidades de conservação e reconhecimento dos fatores impactantes ambientais das trilhas de uso público". Sua intenção é conscientizar as pessoas sobre o assunto, entender como acontece e o que pode ser feito para melhorar.
Ele descreve que a pesquisa está em andamento há um ano e é uma ampliação do seu mestrado. Em seu mestrado, ele trabalhou "Qualidade do solo como um geoindicador de alterações ambientais em unidades de conservação"; o estudo de caso foi em uma trilha do Parque Nacional da Serra do Cipó, e o resultado encontrado foi que o solo da trilha é mais impactado do que das áreas que não são pisoteadas - seja por pessoas, cavalos ou veículos.
Com o solo compactado, a água não entra muito nele, então ela escorre, levando esse solo na forma de sedimento, o que ocasiona uma erosão que leva esse sedimento para o curso da água. Com isso, o nível de água diminuiu, fazendo com que as enchentes aumentem nos períodos chuvosos. Além disso, há os empoçamentos, uma vez que água que não entra gera uma pocinha. Ele relata que, com isso, o cavalo não anda em poça porque não sabe o que tem debaixo dela e as pessoas não gostam de molhar o pé, então cria-se um atalho aumentando o número de trilhas, sendo um impacto maior no solo.
Dessa pesquisa, Ricardo observa que "se eu entendo o solo como um objeto de estudo para o impacto do ecoturismo ou turismo ecológico, por que não transformar esse solo em um patrimônio?". Com essa ideia, no seu doutorado, ele estuda três parques: o Parque Estadual da Serra do Rola Moça, em Belo Horizonte; o Parque Nacional da Serra do Cipó, na Serra do Espinhaço, e o Parque Estadual do Itacolomi. Ao longo da trilha desses locais, são identificados tipos de solos: mais arenosos e mais argilosos, mais grossos e mais finos, solos com mais drenagem ou menos, mais secos e mais claros ou mais úmidos e mais escuros. A pesquisa se divide em três relatórios: biótico - sobre a vegetação, a fauna, a microbiologia; abiótico - sobre os solos, a geologia, as águas; e o de uso público. Ele cita, como exemplo, o Pico do Itacolomi, em que, depois de algumas pesquisas, notou-se que o turista não tem conhecimento do tipo de solo que está pisando, qual a importância de conservá-lo e não tem nenhuma informação sobre ele.
Os resultados preliminares dessa pesquisa apontam que o turista, embora não sabe muito sobre o solo, reconhece a importância da preservação dele como um patrimônio. "A gente percebe que há um certo impacto de visitação nos parques porque o plano de manejo não fez esse tipo de pesquisa quando criado", destaca.
Com a ideia de preservar os patrimônios naturais por meio de pesquisas em trilhas de uso público, Ricardo Eustáquio Fonseca Filho, formado em Turismo pela UFOP e atualmente professor da Universidade, idealizou sua pesquisa de doutorado com o tema "Estudo do patrimônio pedológico em unidades de conservação e reconhecimento dos fatores impactantes ambientais das trilhas de uso público". Sua intenção é conscientizar as pessoas sobre o assunto, entender como acontece e o que pode ser feito para melhorar.
Ele descreve que a pesquisa está em andamento há um ano e é uma ampliação do seu mestrado. Em seu mestrado, ele trabalhou "Qualidade do solo como um geoindicador de alterações ambientais em unidades de conservação"; o estudo de caso foi em uma trilha do Parque Nacional da Serra do Cipó, e o resultado encontrado foi que o solo da trilha é mais impactado do que das áreas que não são pisoteadas - seja por pessoas, cavalos ou veículos.
Com o solo compactado, a água não entra muito nele, então ela escorre, levando esse solo na forma de sedimento, o que ocasiona uma erosão que leva esse sedimento para o curso da água. Com isso, o nível de água diminuiu, fazendo com que as enchentes aumentem nos períodos chuvosos. Além disso, há os empoçamentos, uma vez que água que não entra gera uma pocinha. Ele relata que, com isso, o cavalo não anda em poça porque não sabe o que tem debaixo dela e as pessoas não gostam de molhar o pé, então cria-se um atalho aumentando o número de trilhas, sendo um impacto maior no solo.
Dessa pesquisa, Ricardo observa que "se eu entendo o solo como um objeto de estudo para o impacto do ecoturismo ou turismo ecológico, por que não transformar esse solo em um patrimônio?". Com essa ideia, no seu doutorado, ele estuda três parques: o Parque Estadual da Serra do Rola Moça, em Belo Horizonte; o Parque Nacional da Serra do Cipó, na Serra do Espinhaço, e o Parque Estadual do Itacolomi. Ao longo da trilha desses locais, são identificados tipos de solos: mais arenosos e mais argilosos, mais grossos e mais finos, solos com mais drenagem ou menos, mais secos e mais claros ou mais úmidos e mais escuros. A pesquisa se divide em três relatórios: biótico - sobre a vegetação, a fauna, a microbiologia; abiótico - sobre os solos, a geologia, as águas; e o de uso público. Ele cita, como exemplo, o Pico do Itacolomi, em que, depois de algumas pesquisas, notou-se que o turista não tem conhecimento do tipo de solo que está pisando, qual a importância de conservá-lo e não tem nenhuma informação sobre ele.
Os resultados preliminares dessa pesquisa apontam que o turista, embora não sabe muito sobre o solo, reconhece a importância da preservação dele como um patrimônio. "A gente percebe que há um certo impacto de visitação nos parques porque o plano de manejo não fez esse tipo de pesquisa quando criado", destaca.



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