Criado por Mayara Portugal em ter, 21/03/2017 - 17:19 | Editado por Patrícia Pereira há 7 anos.
O SaferTag é uma etiqueta que, em contato direto com a carne de aves, identifica se o produto está próprio ou impróprio para o consumo.
A etiqueta é colocada em contato direto com a carne. O aparecimento da carinha triste em função da mudança de sua coloração pode acontecer em decorrência da perda de qualidade e frescor do alimento. A falta de controle na temperatura adequada durante o processo de armazenamento e distribuição tem sido o principal fator responsável pela perda de qualidade desses produtos.
A etiqueta possui baixo custo, é inovadora e de alta reprodutibilidade, pois foi desenvolvida por meio da utilização de técnicas de impressão na área de eletrônica orgânica, a partir da utilização de materiais atóxicos, que podem estar em contato com o alimento, de acordo com parâmetros da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Com isso, o SaferTag tem como principal intenção monitorar a qualidade da carne durante todo o processo de distribuição, da indústria ao consumidor, etapa que merece atenção especial, fase onde pode ocorrer o rompimento da cadeia do frio, ou seja, alterações na temperatura, as quais geram condições favoráveis para o comprometimento da qualidade deste grupo de alimentos.
De acordo com Marcella, o objetivo da SaferTag é contribuir com a segurança alimentar da população brasileira, a partir do controle de qualidade da carne consumida diariamente. Segundo ela, a pretensão da equipe é desenvolver a etiqueta em escala industrial para atender ao maior número de pessoas possível. “Hoje, temos o produto apenas em escala laboratorial, inicialmente aplicado a carnes de aves. Estamos procurando um parceiro para validar a tecnologia desenvolvida e testá-la em escala industrial para, futuramente, utilizarmos em outras classes de alimentos”, acrescenta.
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A PESQUISA - O projeto foi desenvolvido no Laboratório de Polímeros e Propriedades Eletrônicas de Materiais (LAPPEM), tendo início em abril de 2014, a partir do trabalho de conclusão de curso da então estudante de graduação do curso de Ciência e Tecnologia de Alimentos da UFOP. Após a apresentação do trabalho, Marcella deu continuidade à pesquisa, aprimorando a tecnologia na dissertação de mestrado do Programa de Pós-graduação em Engenharia de Materiais (REDEMat), também da UFOP. A equipe é orientada pelo Professor Rodrigo Bianchi, do Programa de Pós-graduação em Ciências Físicas de Materiais (FIMAT), e conta com a participação da professora Luciana Rodrigues, do Departamento de Alimentos da ENUT (Escola de Nutrição).
Em 2014, O trabalho foi premiado no XXIV Congresso de Ciência e Tecnologia de Alimentos, ficando entre os dez finalistas do Programa de Incentivo à Inovação (PII) devido à comprovação do seu elevado potencial de mercado.
Hoje, o SaferTag é uma das tecnologias disponíveis na StartUp As31, incubada no Centro de Referência em Incubação de Empresas e Projetos de Ouro Preto (Incultec/UFOP), já tendo participado também de programas de aceleração e de empreendedorismo como o 100 Open Startusp, Biostartup Lab, Inovativa Brasil.
Atualmente, além do Incultec, a incubada integra também o programa de aceleração de startups FIEMG Lab, com objetivo de aprimorar e desenvolver seu modelo de negócios.