Por trás do Encontro de Saberes

Uniforme social, crachás e microfones. Esses são alguns dos adereços usados pelas pessoas que fazem parte da organização do Encontro de Saberes 2014. O evento, além de visar ensino, pesquisa e extensão, tem um papel fundamental para estudantes da Universidade, que têm a oportunidade de aprender trabalhando. Para os já formados, o Encontro é algo novo, em questão de novos cargos e responsabilidades.

Raíssa Keller é turismóloga formada na UFOP e trabalha como assessora da organização do evento. No ano passado também participou, porém, seu encargo era de menor responsabilidade. A preparação começou antes, em junho deste ano, quando iniciou o planejamento do evento junto aos pró-reitores da Universidade, a distribuição do trabalho, a organização da programação e a logística. Próximo da data, no último domingo (16), começaram a montagem no Centro de Artes e Convenções da UFOP para ficar tudo arrumado. Nesses dias, fica responsável por toda a organização, entrega de materiais, apresentação e inscrições. Basicamente seu papel é fazer com que tudo funcione. “Todo evento tem sua particularidade, e esse é grande encontro. Sempre tem algo novo e dinâmico e aprendemos mais”, afirma.

Na área do receptivo, que ajuda os participantes a se localizarem, entregam os kits e realizam inscrições, foi a vez da estudante de Engenharia de Minas, Marina Fernanda Santos, e do aluno de Turismo, Igor Roberto participarem pela primeira vez do Encontro. Eles contam que começaram um dia antes preparando crachás e as pastas. Um dos trabalhos também foi atender telefones para tirar as dúvidas que vão surgindo durante o evento. Marina considera que a parte da relação interpessoal é uma das melhores coisas. Para Igor, por seu curso ser o turismo ele está aprendendo a lidar mais com as pessoas, a ter mais paciência, passando informações para as pessoas certas e buscando saber nomes. 

Para fazer a cobertura do evento e entrevistar os convidados, a Rádio UFOP Educativa, a Assessoria de Comunicação Institucional (ACI) e a TV UFOP fazem a parte de imprensa do Encontro. Em uma sala reservada para a comunicação, no Aquário do Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas, os jornalistas e bolsistas buscam levar a informação para quem perdeu em tempo real. Danielly Silva é bolsista da Rádio e trabalha no seu primeiro Encontro. Responsável pela parte de edição das sonoras da rádio, ela confessa que adora o fato de estar em contato com os convidados, com os jornalistas que buscam as fontes, pois assim ela fica próxima do que está acontecendo. “Eu acho muito bom a troca de conhecimento que esse Encontro gera. A dinâmica de conhecer pessoas diferentes que vêm de vários lugares, que vão apresentar projetos. Isso nos motiva a participar mais do âmbito acadêmico”, conta. 

Quem se machucar de última de hora pode ficar despreocupado porque a enfermeira Ione Lima fica de plantão para qualquer incidente que ocorra. Trabalha no Centro de Saúde da UFOP e como enfermeira no Encontro é a sua primeira vez. Ano passado participou como palestrante. “Aqui é engrandecedor. A gente cresce, conhece pessoas, fica atento ao que está acontecendo dentro e fora da Universidade. É uma excelente experiência!”.

André Talvani, pró-reitor adjunto de Pesquisa e Pós-graduação e coordenador geral do Encontro, ressalta que o evento é extremamente dinâmico. Para ele, além dos alunos de graduação terem a chance de vivenciar diferentes aprendizados ao longo desses quatro dias, o interessante também é que os estudantes que trabalham são de cursos diferentes. “Aproximadamente na metade do curso são recrutados esses alunos que recebem uma bolsa e vivenciam exatamente aquilo que eles farão ao longo da vida. Essa é uma vantagem da UFOP, isso é extensão. Eles têm um aprendizado muito grande, e aprendizado é tudo dentro de uma Universidade”, finaliza.