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Letras e História aprovam cotas para Pós-Graduação

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Daniel Tulher
Com: 
Lethícia Bueno

O Colegiado do Programa de Pós-Graduação em Letras (POSLET) e do Programa de Pós-Graduação em História (PPGHIS) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) aprovaram, na quarta (7), a adoção de políticas afirmativas para o Mestrado e o Doutorado de ambos os cursos.

A proposta foi votada por unanimidade pelos membros dos Colegiados e contou com a presença de alunos da Graduação e da Pós-Graduação do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS), que promoveram um abaixo-assinado para apoiar a proposta. Agora, candidatos que se autodeclaram negros, pardos, indígenas e pessoas com deficiência, segundo os critérios utilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), terão direito a cotas para entrar na Pós-Graduação, sendo 30% na História e 20% na Letras. 

Segundo o presidente do Colegiado do POSLET, Clézio Roberto Gonçalves, a medida já valerá para o processo seletivo que será realizado neste ano. 

A iniciativa é uma parceria entre o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) da UFOP e mobilizações estudantis, como a do PPGHIS, que, em maio, organizou o evento "Políticas de Permanência e Ações Afirmativas na Pós-Graduação", com mesas e rodas de conversa sobre a importância das cotas. No evento, também foi discutida a reserva de vagas para transexuais. Entretanto, a Portaria Normativa do Ministério da Educação (MEC), que dispõe sobre as Ações Afirmativas na Pós-Graduação (nº 13/2016), ainda não inclui essa categoria. 

De acordo com Camila Rodrigues, estudante de Letras, "essa aprovação foi mais um avanço. Eu quero fazer Mestrado e, com isso, meu coração se encheu ainda mais de esperança. Precisamos ocupar esses espaços que historicamente nos negaram. Se olharmos para os que ocupam a Universidade, fica evidente que pretos, indígenas e pessoas com deficiência são minoria na Graduação e ainda mais na Pós-Graduação. Entretanto, é necessário que pensem em uma maneira de fazer com que os alunos que ingressarem por meio das cotas consigam permanecer na Universidade", comenta.

RESOLUÇÃO - Aprovada em 1º de junho, a Resolução nº 7.200, do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), passa a regulamentar as cotas na Pós-Graduação em todos os cursos da Instituição. Pelo menos 10% das vagas devem ser reservadas para pretos, negros e pardos, além de uma vaga para indígena e uma para pessoa com deficiência. Os cursos deverão se adaptar à proposta para os próximos editais. Recentemente, a Universidade de Campinas (Unicamp) e a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) aprovaram a adoção de políticas afirmativas no Mestrado e no Doutorado.

DIREITO - O primeiro programa de pós-graduação da UFOP a adotar a política de cotas foi o do Departamento de Direto. Das 12 vagas ofertadas em seu primeiro edital, duas foram reservadas para negros, duas para indígenas e duas para pessoas com deficiência.

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