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Revista Caletroscópio recebe trabalhos para dossiê sobre a presença de Ouro Preto na cultura brasileira

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NPG
Por iniciativa do Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos da Linguagem (Posletras) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), a revista Caletroscópio convida pesquisadores de diversas áreas a enviar trabalhos que possam pensar sobre a presença, os sentidos e os fantasmas de Ouro Preto na arte e na literatura brasileiras do passado e do presente. 
 
O dossiê, organizado pelo professor da graduação em Letras e do Posletras, Victor da Rosa, e pelo professor de Literatura Brasileira da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Gustavo Silveira Ribeiro, está aberto para participação de pesquisadores e interessados no tema. Os artigos podem ser submetidos até 28 de fevereiro de 2023.
 
O impacto de Ouro Preto em obras clássicas
 
A chamada para a revista diz: "Das Cartas Chilenas de Tomás Antônio Gonzaga, que circularam de mão em mão pouco antes do gesto rebelionário da Inconfidência Mineira, ao recente Transbarroco, de Adriana Varejão, artista que, segundo relata em depoimento sobre sua trajetória, passou por uma transformação ao entrar pela primeira vez na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, a cidade de Ouro Preto, mais do que mero tema ou simples inscrição espacial, foi motivo estético decisivo — e segue sendo — durante pelo menos três séculos de nossa história. Afinal, pela cidade passaram não só artistas e escritores, como também grandes questões da cultura e da sociedade brasileiras. Os registros dessas passagens, sobretudo em poesia, se fazem presentes em obras de diferentes épocas, variados ângulos e compromissos ambíguos.
 
Após a famosa caravana dos modernistas às cidades históricas, em 1924, Ouro Preto deixou marcas nas obras de Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Mário de Andrade e até nos textos do franco-suíço Blaise Cendrars, que voltou para a Europa dizendo que Aleijadinho foi o maior escultor do século XVIII. Elizabeth Bishop e Ana Hatherly, estrangeiras como Cendrars, também se impressionaram com a cidade — a poeta norte-americana, como se sabe, chegou a viver em Ouro Preto por longos períodos e tratou da cidade em cartas e poemas.
 
Em meados do século passado, nas décadas de 1940 e 1950, período de intenso desenvolvimentismo, recrudesceu a presença de Ouro Preto na cultura brasileira: Alberto Guignard, Cecília Meirelles, Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade são alguns dos artistas que procuraram, nesse momento, pensar e transfigurar artisticamente a cidade: da grandeza heroica de seu passado à destruição de seus casarões, passando pela paisagem lírica de suas ladeiras e encostas. Era Vila Rica que retornava, deslumbrante e arruinada, em contraponto à acelerada modernização.
 
Mais próximos de nós, os mineiros Affonso Ávila, Carlos Bracher e Silviano Santiago retornaram também à cidade e seus arquivos para desenvolver, numa trama de linguagens que combina as violências da história colonial, os excessos do barroco e os impulsos disruptivos da experimentação vanguardista, obras como Código de Minas e Em liberdade, além das telas da série Ouro Preto Noturna".
 
Acesse o site para saber mais sobre a submissão de artigos.
 
 

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