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Professor César Mendonça: 37 anos de UFOP

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cesar.jpgMais de mil e setenta pessoas. É esse o número de colaboradores que a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) possui atualmente. Pessoas que junto aos alunos formam o patrimônio humano da Instituição e que ao longo dos anos, em conjunto com as suas próprias histórias, constroem o contexto histórico da Universidade.

Como parte das comemorações do 39º aniversário da UFOP entrevistamos um professor que está na Universidade há 37 anos. César Mendonça Ferreira, professor de Gemologia e Ótica Cristalina, disciplinas do curso de Engenharia Geológica. Atua como professor da Instituição em que se formou, desde 8 de março de 1971.

César conta que a sua carreira acadêmica começou quando ainda era aluno da então, Escola de Minas, como professor de Mineralogia na Escola Técnica e assim que se formou iniciou as suas atividades como professor da Universidade ministrando a disciplina de Mineralogia.

Nos últimos 25 anos, leciona especificamente para o curso de Engenharia Geológica. Ministra as disciplinas de Gemologia, estudo das pedras preciosas, e Ótica Cristalina. Ao longo desses anos como professor, ao analisar as modificações pelas quais a sua profissão passou, César aponta os avanços tecnológicos como um fator que contribui para a qualidade das aulas. “Hoje os equipamentos são melhores e mais fáceis de manusear. Antes era difícil projetar slides, demorava muito para preparar uma aula, ter que ficar escrevendo em quadro e desenhando tomava muito tempo. Agora, é possível aliar imagens de objetos com textos, fazer uma aula mais atraente e agradável para os alunos”, afirma.

Ainda sobre as diferenças em relação à explicação de aulas de ontem e de hoje, César diz que antes era preciso mostrar a aluno por aluno a amostra em uma lâmina de microscópio, o que demandava tempo. Hoje, por meio de uma câmera, localizada no próprio microscópio, que projeta as imagens das lâminas em multimídia ou TV, é possível explicar para todos os estudantes ao mesmo tempo. “Fica mais fácil para os alunos verem os objetos e tirarem suas dúvidas. O rendimento da aula é melhor. A modernidade proporciona o atendimento com mais eficácia”, afirma.

Além de professor, César atuou como chefe de departamento por seis anos e como diretor de planejamento durante três. E ainda atua como consultor de empresas de mineralogia através da Fundação Gorceix, desde 1972. César também se considera um dos responsáveis pela ampliação da Universidade. Em 1979, ele recebeu, do Reitor Theódulo Pereira a incumbência de encontrar uma nova pessoa para assumir a  direção da Instituição. De acordo com o professor, a solução encontrada foi ir até Viçosa e convidar o ex-Reitor da UFV, professor Antônio Fagundes. O então novo Reitor assumiu a Universidade por quatro anos e contribuiu para a estruturação da administração da Instituição.

César poderia ter se aposentado integralmente em 1995. Ao ser indagado o porquê de continuar lecionando ele responde: “Gosto muito de dar aulas. Se depender da minha vontade continuo enquanto a lei permitir”.