Criado por Administrator em qui, 30/01/2014 - 11:37
Amanda Sereno
Em 30 de janeiro é comemorado o Dia Nacional da História em Quadrinhos (HQs). Um dos precursores desse formato no Brasil foi Angelo Agostini, um italiano que se mudou para São Paulo durante a juventude. Agostini utilizava HQs para ironizar os métodos que as igrejas adotavam para enriquecer, além de ter produzido sátiras à Guerra do Paraguai (1864-1870).
Do século XIX à atualidade, o caráter crítico das HQs está presente nas criações de alguns quadrinistas. Henrique de Souza Filho, mais conhecido com Henfil, foi um grande quadrinista, que também produzia conteúdo em tom irônico. Seu trabalho é estudado pela professora de Jornalismo da UFOP, Hila Rodrigues, e pela estudante Jamylle Moll, no projeto de pesquisa "Enquadramentos e narrativas da América Latina na obra de Henfil e Quino: jornalismo e intervenção social".
O projeto consiste em analisar a função do cartum nos processos de transformação social e considerá-lo gênero jornalístico opinativo. Segundo a professora Hila, Henfil utilizava a produção de quadrinhos para criticar e ressistir à Ditadura Militar brasileira, além de denunciar a miséria do País. Seu desenho era humorístico político e continha personagens brasileiros.
Além do projeto, Hila também tem artigos que giram em torno desse mesmo tema. Um deles está publicado na Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), uma das associações mais conceituadas do Brasil.