Criado por Administrator em seg, 07/05/2012 - 09:56
Por Bruna Alves
Ao longo de cinco anos, o professor Tiago Garcia de Senna Carneiro, do Departamento de Computação (Decom) da UFOP, vem trabalhando no desenvolvimento de um software que pode auxiliar em demandas de questões ambientais e de saúde pública. O projeto parte da ideia de simular em computadores alguns cenários de ações governamentais, ou da iniciativa privada, e observar o resultado antes de aplicar o projeto na prática. Essa simulação permite o teste de várias alternativas de uso e controle, e posterior avaliação do melhor resultado e custo-benefício.
Uma das pesquisas desenvolvidas trata da dispersão do mosquito da dengue e de sua distribuição no espaço. São utilizados criadores simulados, cada um com uma capacidade máxima de mosquitos. O modelo de simulação permite que sejam estudados Aedes Aegypti de qualquer região tropical. “Essas populações de mosquitos são muito condicionadas pelos fatores climáticos. Como podemos simular qualquer ambiente por meio do software, o modelo se aplica em diversos lugares”, comenta o professor.
Tiago Garcia explica que a principal dificuldade encontrada pela equipe na hora de construir os modelos de pesquisa sobre o mosquito da dengue são os dados comparativos: “Não basta fazer a simulação, é preciso comparar os dados. Eles são raros, ainda mais quando se precisa de dados de dez anos sobre uma população inteira de uma cidade”.
Para buscar soluções, a parceria firmada no final de 2011 com o professor Álvaro Eiras, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), está sendo de grande importância. Eiras possui um acervo histórico para duas cidades, Vitória e Três Lagoas, onde estão distribuídas armadilhas com dados de até dez anos. Toda semana são colhidas amostras dos dados nessas armadilhas e a equipe de pesquisadores classifica, faz as contagens e separa macho e fêmea, permitindo, assim que o resultado da nova pesquisa seja mais completo.
Um dos objetivos desse projeto é selecionar os melhores modelos de simulação e disponibilizar o software gratuitamente, na forma de uma ferramenta. Essa facilidade de acesso ao programa permitiria aos interessados escolherem um modelo mais adequado a cada problema: “Isso será de grande importância para os agentes de saúde pública, por exemplo, pois poderiam descobrir o melhor a se fazer em determinado quadro, qual a forma mais eficaz de resolver o problema antes de ir a campo e até mesmo quais os melhores lugares para as armadilhas”, detalha Tiago.
Outro projeto, já concluído, realizado pelo professor do Decom foi uma pesquisa desenvolvida na cidade de Ouro Preto por dois anos para a criação de um sistema de informações geográficas, um cadastro técnico com múltiplas finalidades e funções para estudo de Ouro Preto: “Esse projeto, na verdade, funciona hoje como um banco de dados geográficos, com imagens de satélite, mas sem simulação”.
Segundo o professor, o grupo de pesquisa está em busca de novas parcerias e projetos maiores: “Na medida em que avançamos no conhecimento, conforme fazemos mais simulações, vamos melhorando o modelo e ele passa a refletir melhor a realidade que está sendo observada. Com o tempo, podemos supor que o que está acontecendo na realidade é o mesmo que o modelo que você simulou, então você vai fazendo as duas coisas ao mesmo tempo, produzindo tecnologia e conhecimento”.
As pesquisas em dengue também são realizadas em parceria com o INPE e a FIOCRUZ/RJ e parcialmente custeadas pelo projeto PRONEX/CNPq - Rede de Modelagem em Dengue.
Ao longo de cinco anos, o professor Tiago Garcia de Senna Carneiro, do Departamento de Computação (Decom) da UFOP, vem trabalhando no desenvolvimento de um software que pode auxiliar em demandas de questões ambientais e de saúde pública. O projeto parte da ideia de simular em computadores alguns cenários de ações governamentais, ou da iniciativa privada, e observar o resultado antes de aplicar o projeto na prática. Essa simulação permite o teste de várias alternativas de uso e controle, e posterior avaliação do melhor resultado e custo-benefício.
Uma das pesquisas desenvolvidas trata da dispersão do mosquito da dengue e de sua distribuição no espaço. São utilizados criadores simulados, cada um com uma capacidade máxima de mosquitos. O modelo de simulação permite que sejam estudados Aedes Aegypti de qualquer região tropical. “Essas populações de mosquitos são muito condicionadas pelos fatores climáticos. Como podemos simular qualquer ambiente por meio do software, o modelo se aplica em diversos lugares”, comenta o professor.
Tiago Garcia explica que a principal dificuldade encontrada pela equipe na hora de construir os modelos de pesquisa sobre o mosquito da dengue são os dados comparativos: “Não basta fazer a simulação, é preciso comparar os dados. Eles são raros, ainda mais quando se precisa de dados de dez anos sobre uma população inteira de uma cidade”.
Para buscar soluções, a parceria firmada no final de 2011 com o professor Álvaro Eiras, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), está sendo de grande importância. Eiras possui um acervo histórico para duas cidades, Vitória e Três Lagoas, onde estão distribuídas armadilhas com dados de até dez anos. Toda semana são colhidas amostras dos dados nessas armadilhas e a equipe de pesquisadores classifica, faz as contagens e separa macho e fêmea, permitindo, assim que o resultado da nova pesquisa seja mais completo.
Um dos objetivos desse projeto é selecionar os melhores modelos de simulação e disponibilizar o software gratuitamente, na forma de uma ferramenta. Essa facilidade de acesso ao programa permitiria aos interessados escolherem um modelo mais adequado a cada problema: “Isso será de grande importância para os agentes de saúde pública, por exemplo, pois poderiam descobrir o melhor a se fazer em determinado quadro, qual a forma mais eficaz de resolver o problema antes de ir a campo e até mesmo quais os melhores lugares para as armadilhas”, detalha Tiago.
Outro projeto, já concluído, realizado pelo professor do Decom foi uma pesquisa desenvolvida na cidade de Ouro Preto por dois anos para a criação de um sistema de informações geográficas, um cadastro técnico com múltiplas finalidades e funções para estudo de Ouro Preto: “Esse projeto, na verdade, funciona hoje como um banco de dados geográficos, com imagens de satélite, mas sem simulação”.
Segundo o professor, o grupo de pesquisa está em busca de novas parcerias e projetos maiores: “Na medida em que avançamos no conhecimento, conforme fazemos mais simulações, vamos melhorando o modelo e ele passa a refletir melhor a realidade que está sendo observada. Com o tempo, podemos supor que o que está acontecendo na realidade é o mesmo que o modelo que você simulou, então você vai fazendo as duas coisas ao mesmo tempo, produzindo tecnologia e conhecimento”.
As pesquisas em dengue também são realizadas em parceria com o INPE e a FIOCRUZ/RJ e parcialmente custeadas pelo projeto PRONEX/CNPq - Rede de Modelagem em Dengue.