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Projeto “Maleta por que pobreza?” chega a Ouro Preto e discute temas sobre educação e desigualdade

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Carol Antunes

Na manhã desta terça-feira,23, teve início a divulgação do projeto “Maleta por que pobreza? Educação e Desigualdade”. Organizado pela Secretaria Municipal da Educação de Ouro Preto - Casa do Professor, UFOP e Canal Futura, o projeto tem a proposta de contribuir para o aprimoramento das práticas pedagógicas e os enfrentamentos das desigualdades sociais na escola.

A gerente de Mobilização Comunitária do Canal Futura, Ana Paula Brandão, explicou que o projeto já se estende no Canal por um bom tempo, sendo a sexta maleta em que todas são temáticas. Ela conta que a maleta é feita por várias mãos, uma compilação de conteúdos que são distribuídos, apresentados e implementados nas instituições que se interessam pelo material, principalmente, nas que já trabalham na temática. Ana Paula destaca que essa maleta é um projeto internacional (Why Poverty, em inglês) com o qual o Futura se associou, dando origem a uma provocação e ao título “Maleta por que pobreza?”.

“A gente reuniu vários materiais do Canal Futura e de outras instituições para poder construir essa maleta e tivemos a honra de encontrar com o André Lázaro e a equipe para destrinchar essa temática e fazer esses links com o Brasil. Qual a grande questão do Brasil? É a pobreza? Que pobreza é essa? É a desigualdade? E o que a educação tem a ver com isso? Como a educação pode ajudar a extinguir esse problema da desigualdade em diferentes campos e diferentes dimensões aqui no Brasil? Obviamente, a maleta não vai dar essas respostas, quem me dera que alguém tivesse essas respostas, nós não temos e nunca teremos. Mas podemos contribuir, discutindo, trabalhando essa temática nas salas de aula, pois é lá que se começa a construir a cidadania, a identidade, a participação social”, ressalta Ana Paula. Ela afirma, ainda, que esses temas são importantes, e o Canal Futura veio para a Universidade oferecer esse material e toda a estrutura para que ambas as partes dialoguem de forma constante.

Presente também na apresentação, a vice-reitora da UFOP, Célia Maria Fernandes Nunes, declarou que essas ações têm ajudado a Universidade a estabelecer uma consultoria e uma integração com a educação de rede pública da região. “A missão da Universidade não é só do processo de formação, mas do processo de acompanhamento e implementação de práticas também. Espero que tenham um bom-dia e que possamos cada vez mais fazer essa aproximação”, declara.

O secretário municipal de Educação, Júlio César de Oliveira, também presente, contou sobre o prazer e a felicidade de estar participando do evento em nome da Casa do Professor e da Secretaria Municipal da Educação. Ele agradeceu a parceria, o trabalho e o momento de discussão e conhecimento na apresentação da maleta. “Eu agradeço por toda a carga positiva, não negativa, que tem por trás dessas palavras ‘por que pobreza?’; vamos discutir, vamos aprender, vamos conversar, vamos entender que, além de um simples poder aquisitivo, existem coisas muito importantes por trás dessas palavras, a cidadania, a moradia, a paz, a integração, o porquê nós estamos aqui. É um momento muito feliz em que a Universidade abre as portas, pois agora, sim, estamos sentindo que a UFOP chegou até nós para valer. Esse é o momento da UFOP com a escola!”, completa.

Após a apresentação, o professor adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), André Lázaro, com seu extenso currículo nesse assunto, ministrou palestra sobre educação e desigualdade. Por meio de slides apontando índices da pobreza em diversas áreas, ele explicou que a capacidade das pessoas não está condicionada à pobreza, ressaltando que “a educação é o direito mais importante que nós, educadores, consideramos, porque ela abre portas para outros direitos”. 

Ele também chamou à reflexão acerca dos seguintes conceitos: Ninguém escolheu ser pobre; A pobreza suprime a liberdade; A pobreza é uma condição, não uma identidade; A pobreza não é um problema dos pobres, mas de toda a sociedade; A pobreza é uma afronta aos direitos humanos; e As pessoas que vivem condições de pobreza lutam por oportunidade, respeito e reconhecimento de sua dignidade humana. Ao final, declarou aberto o microfone para depoimentos e dúvidas dos professores presentes. 

 
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