Pós-graduação da UFOP é bem avaliada pela Capes | Universidade Federal de Ouro Preto

Criado por Administrator em qui, 12/12/2013 - 15:55

Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas é o primeiro da Universidade a receber nota 6

No ano em que comemora 15 anos, o Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas da UFOP (Cbiol) celebra também a conquista da nota 6, equivalente ao alto padrão internacional, na avaliação trienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação. O programa registrou melhora em sua avaliação, já que no resultado anterior, em 2010, obteve nota 5, índice que mantinha desde 2007. O CBiol e o Programa de Pós-graduação em Biotecnologia (Biotec) são os dois programas oferecidos pelo Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas (Nupeb).

O relatório, divulgado pela Capes na terça-feira, 10, traz o resultado da avaliação de 48 áreas de avaliação, número vigente em 2013, de acordo com sistemática e conjunto de quesitos básicos estabelecidos no Conselho Técnico Científico da Educação Superior (CTC-ES). Além da nota 6 para o Programa de Ciências Biológicas, a UFOP teve dois Programas avaliados com conceito 5: Engenharia Ambiental e Engenharia Civil, ambos com oferta de mestrado e doutorado.

Dos 22 programas de pós-graduação avaliados na UFOP, sendo um interinstitucional, seis registraram aumento na pontuação, passando do conceito 3 para o 4, considerado um bom desempenho; são eles: Ciência da Computação (avaliado pela primeira vez), Engenharia Geotécnica, Engenharia Mineral, Ciências Farmacêuticas, Estética e Filosofia da Arte e História. Doze cursos permaneceram com o mesmo conceito e um deles teve a nota rebaixada, de 5 para 4. Quatro outros programas estão sendo avaliados pela primeira vez e a nota 4 em Ciência da Computação configura-se um marco no país, já que pela primeira vez um programa da área recebeu nota acima de 3 em sua primeira avaliação.

Confira a planilha da Capes com todos os programas avaliados.

A avaliação trienal registrou também aumento na oferta de programas e cursos de pós-graduação pela Universidade Federal de Ouro Preto: na edição 2010, a UFOP teve 16 programas avaliados, cinco a menos do que em 2013. Em 2007, a UFOP tinha apenas oito programas de pós-graduação. O relatório aponta que o crescimento se deu também em outras universidades, em todas as regiões do Brasil.

Para o reitor Marcone Jamilson, “esse crescimento conceitual abre perspectivas para que os programas que tenham apenas cursos de mestrados possam, agora, submeter propostas para cursos de doutorado, como é o caso da Ciência da Computação, Engenharia Mineral e Estética e Filosofia da Arte”.

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, professor Valdei Lopes, reitera a opinião do reitor ao afirmar que a avaliação trienal mostrou uma pós-graduação em processo de consolidação na UFOP: “Se retirarmos os cursos jovens que não foram avaliados em um triênio completo, ou seja, criados entre 2010 e 2013, temos 70% dos cursos entre as notas 4 e 6, que indicam consolidação, e apenas 6 cursos com nota 3”.

O pró-reitor disse, ainda, que os desafios futuros apontam para a criação de novos programas, a ampliação dos já existentes com o credenciamento de mais docentes e a criação de um ambiente institucional que responda às demandas dos programas de excelência.

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – A pós-graduação em Ciências Biológicas (Cbiol) é a primeira da UFOP a ser avaliada com nota 6, resultado que deixou a equipe acadêmica honrada, de acordo com a coordenadora, professora Renata Nascimento de Freitas. “Isso demonstra o amadurecimento e o crescimento do grupo, é a coroação de esforços desenvolvidos ao longo de anos”, destaca.

Em 2013, o Cbiol teve um projeto aprovado pela Fapemig e pela Capes para obtenção de recursos que já estão sendo investidos na ampliação da inserção social do Programa na comunidade, fato que, segundo Renata de Freitas, contribui para a boa avaliação. A primeira ação vinculada já está prevista para janeiro de 2014: um curso de verão para atualização de professores do ensino médio, em Ouro Preto. Renata adianta que também está previsto para o inverno 2014 um Festival de Ciências voltado para alunos de graduação. “Nesse Festival, pretendemos atrair estudantes interessados na pós-graduação, despertando neles o interesse pela pesquisa científica”, explica.

Outras ações que visam ao reforço da avaliação positiva estão relacionadas à internacionalização do programa. Em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (Biotec), o Cbiol irá promover, em 2014, o International Symposium of Biological Science, constituindo-se em mais uma ação interdisciplinar do Nupeb. O objetivo é atrair pesquisadores estrangeiros e permitir a troca de experiências: “Várias outras estratégias de internacionalização estão em andamento, como o intercâmbio na modalidade doutorado-sanduíche e convites a professores visitantes estrangeiros”.

Criado em maio de 1994, o Nupeb nasceu de uma evolução natural da pesquisa científica na UFOP. Ações que foram iniciadas ao longo da década de 80 puderam se desenvolver a partir do Núcleo, aliando um caráter multidisciplinar aos departamentos da área biológica. Tanto o Cbiol quanto o Biotec são partes integrantes do Nupeb, em uma estratégia aglutinadora que, segundo o professor Rogélio Brandão, membro fundador do Núcleo, contribuiu para os resultados alcançados na avaliação da Capes: "É esta a mensagem que acho que vale a pena: juntando forças, trabalhando de forma multidisciplinar e usando estruturas multiusuárias, vamos mais longe".

Para a doutoranda Amanda Braga de Figueiredo, a conquista da nota 6 também é uma recompensa para os esforços dos estudantes: “A defesa das dissertações e teses no prazo e as publicações dos alunos também pesam na avaliação positiva, então, o resultado é muito gratificante”. Amanda é também representante discente no colegiado do curso e acredita que o apoio dos estudantes às ações promovidas pelo Cbiol, como o curso de verão, também favorece a boa avaliação.

AVALIAÇÃO - Os programas avaliados receberam conceitos na seguinte escala: 1 e 2, que descredenciam o programa; 3 significa desempenho regular, atendendo ao padrão mínimo de qualidade; 4 é considerado um bom desempenho e 5 é a nota máxima para programas com apenas mestrado. Conceitos 6 e 7 indicam desempenho equivalente ao alto padrão internacional. A cada três anos, todos os cursos em funcionamento são reavaliados. Entre os critérios da avaliação estão a infraestrutura, a proposta do programa, a análise do corpo docente e discente e a produção intelectual.

Com informações da Capes.