Criado por Administrator em seg, 02/07/2007 - 00:00
Em coletiva à imprensa nesta sexta-feira, dia 06 de julho, o reitor da UFOP, prof. João Luiz Martins, anunciou a posição da Instituição acerca dos excessos cometidos pela Polícia Militar na manifestação estudantil ocorrida na terça-feira, dia 03 de julho, na Praça Tiradentes. João Luiz reafirmou sua indignação diante dos “atos violentos e arbitrários do incidente”. “Esperávamos a logística e o apoio necessários para que o movimento fosse feito de forma pacífica e legítima, afinal, temos a Constituição que assegura nossos direitos, dentre eles os de liberdade de expressão e manifestação. A violência foi desnecessária”, avalia.
O reitor, ao responder às perguntas da imprensa, disse que a Polícia Militar é uma parceira da Universidade. Ele esclarece que a corporação foi informada previamente sobre o horário e o trajeto da manifestação, que começou no campus Morro do Cruzeiro, passando pela Reitoria e estendendo-se até a Praça Tiradentes. “Temos a Polícia como uma parceira e não como inimiga. Sabemos que ela desempenha papel de defesa da comunidade, no entanto somos contra qualquer tipo de violência, até porque as reivindicações de uma universidade pública, gratuita e de qualidade, ocorridas na Praça Tiradentes, são legítimas”, esclarece.
O presidente da Associação dos Docentes da UFOP (Adufop), prof. Luís Seixas, deixou claro que a ação da Polícia não intimidará nenhuma reivindicação que eles possam vir a fazer. “Essa ação não nos cala. Faremos quantas manifestações forem necessárias e é dever da PM nos proporcionar a segurança para tal”, declara o professor. O servidor técnico-administrativo, Adílson Ribeiro, diretor do Sindicato Assufop, que está em greve a cerca de um mês, também se manifesta contrário à truculência dos policiais, considerando que também receberam um grande apoio da comunidade ouro-pretana. “Polícia não é para estudante e pai de família, é para bandido. Este não era o caso”, indigna-se.
Ao final da coletiva, o reitor enfatizou que o objetivo do encontro era deixar registrado o quão ficaram surpresos com o ocorrido e o anseio pela paz e pela liberdade que a Instituição prega. “Espero que, diante de tudo que ouvimos nesses dias, o comandante da PM se retrate sobre o que aconteceu. Afinal, os depoimentos não condizem com o que foi dito pela Polícia Militar”, finaliza João Luiz Martins.