Criado por Administrator em sex, 04/12/2015 - 17:59
O ajuste nos preços dos Restaurantes Universitários, que motivou o movimento "catracaço", foi o ponto de pauta da reunião entre o reitor Marcone Jamílson, a vice-reitora Célia Nunes e representantes do DCE e CA`s, realizada ontem, na sede da Reitoria, dando sequência aos encontros regulares que vêm ocorrendo entre os gestores e a representação estudantil para tratar de temas de interesse dos alunos. Na oportunidade, o reitor disse que "o realinhamento de preços não atinge, de forma alguma, os alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica, classificados como categoria A, que continuam tendo gratuidade nas refeições".
Sobre a composição dos custos, o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, Rodrigo Bianchi, que também participou da reunião, esclareceu à comunidade estudantil que a manutenção e o funcionamento dos RUs fazem parte da gestão do orçamento da Instituição, conjuntamente com outras despesas administradas pela Universidade. Em relação ao alinhamento de preços, ele lembrou que os valores cobrados estavam congelados desde 2004, período no qual se registrou uma inflação de 83%, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em igual período, complementou o pró-reitor, as bolsas administradas pela UFOP foram reajustadas em até 200%, percentual bem maior do que os aplicados às refeições. Fazendo referência ao valor cobrado dos alunos de graduação, que passou de R$ 2,00 para R$ 3,00, Bianchi enfatizou que isso representa pouco menos de 30% do custo final da refeição, hoje em R$ 10,25. Sobre esse montante, a UFOP subsidia R$ 7,25.
COMPROMISSO - O reitor Marcone Jamílson reafirmou para os representantes do DCE e CA`s que a administração da UFOP tem cumompromisso muito sólido com a assistência estudantil. Isso se revela, segundo ele, entre outros aspectos, no fato de terem sido aplicados, em 2014, nas ações de auxílio moradia, pagamento de bolsas de incentivo ao desenvolvimento acadêmico e bolsas de permanência, entre outras, R$ 8,9 milhões. "Esse valor está 13% acima dos recursos destinados pelo Governo Federal, por meio do Plano Nacional de Assistência Estudantil", disse o reitor, acrescentando que, em igual período, foram investidos mais R$ 7 milhões para manutenção e funcionamento dos Restaurantes Universitários.
Neste sentido, ficou acertado que a administração central recomendará ao Conselho Universitário a constituição de um grupo de trabalho específico para discutir, em termos orçamentários, a atual política de assistência estudantil, visando, sobretudo, o seu aperfeiçoamento constante. Esse grupo, se aprovado, vai atuar junto à Comissão Permanente de Orçamento e Finanças, que já conta com representação estudantil.