Criado por Administrator em seg, 11/03/2013 - 09:00
Como parte integrante da IV Semana de Estudos em Comunicação (IV Secom), será realizado nesta quarta, dia 13 de março, no Auditório do Instituto de Ciências Sociais e Aplicadas (ICSA) em Mariana às 18h, um debate sobre “Os jornalistas e a ditadura militar”. A apresentação faz parte do Ciclo Ouro, que reúne palestras com temáticas variadas, como a censura na imprensa.
A mesa é aberta à comunidade, sem necessidade de inscrição prévia, e compõe a solenidade de abertura do evento. Estarão presentes o presidente da Comissão da Verdade dos Jornalistas, Audálio Dantas, e Sérgio Gomes, jornalista que foi preso e torturado em 1975, no auge da ditadura. Essa atividade terá a mediação da professora do curso de jornalismo, Marta Maia, que, atualmente, desenvolve projeto de pesquisa sobre a Comissão da Verdade.
Nessa Mesa, será mostrada qual foi a participação dos jornalistas na luta pela liberdade de expressão durante a ditadura militar. Serão relatados alguns casos de violência e censura sofridos por repórteres e meios de comunicação entre 1964 e 1988. Serão apresentadas também as atividades desenvolvidas pela Comissão da Memória, Justiça e Verdade dos Jornalistas Brasileiros, organização que que irá investigar casos de profissionais assassinados e censurados por agentes do Estado durante essa época.
Audálio Dantas também lançará seu livro “As duas guerras de Vlado Herzog", que relata todo o processo de prisão de Vladimir Herzog e a luta de resistência à ditadura na década de 70.
Abaixo, algumas informações sobre os dois palestrantes:
Audálio Dantas começou sua carreira de jornalista como repórter da Folha de S. Paulo (1954), passando depois pelas revistas O Cruzeiro, Quatro Rodas, Realidade, Manchete e Nova. Entre os trabalhos mais importantes que realizou como jornalista e escritor, está o livro Quarto de despejo, no qual editou o diário de Carolina Maria de Jesus, catadora de papel que morava na favela do Canindé, em São Paulo. O livro, lançado em 1960, é até hoje um dos mais vendidos no Brasil e foi traduzido para 13 idiomas. Em 1975, quando Vladimir Herzog morreu na prisão, Audálio era presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e denunciou o caso. Em 1981, recebeu da ONU prêmio de defesa dos direitos humanos. Além de sua destacada atuação no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Audálio teve sempre, também, importante participação junto a outros órgãos de classe, como a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Lançou em 2012 o livro “As duas guerras de Vlado Herzog”.
Sérgio Gomes é jornalista, diretor da OBORÉ Projetos Especiais em Comunicações e Artes. Jornalista formado em 1973 pela Escola de Comunicações e Artes da USP, onde foi professor das disciplinas Jornalismo Sindical, Jornalismo Comunitário e Jornalismo Popular entre 1986 e 1992. É um dos fundadores da OBORÉ, criada em 1978 atuando na área da imprensa alternativa, comunitária e popular, edição de jornais, boletins, revistas, campanhas e consultoria de planejamento de comunicação para sindicatos de trabalhadores e movimentos sociais. Dedica-se também à área da formação: desde 1994 é o idealizador e coordenador geral do Projeto Repórter do Futuro, que oferece cursos de complementação universitária para estudantes de Jornalismo; e das atividades de formação de comunicadores comunitários e populares. Atua na mobilização das redes temáticas de parceria e cooperação em rádio formadas pela OBORÉ que reúnem emissoras comerciais e comunitárias, de todo o Brasil, interessadas nos temas da saúde, educação, meio ambiente, criança, direitos, cidadania e música. É consultor de análise e planejamento de Comunicação em políticas públicas e sociais.
A mesa é aberta à comunidade, sem necessidade de inscrição prévia, e compõe a solenidade de abertura do evento. Estarão presentes o presidente da Comissão da Verdade dos Jornalistas, Audálio Dantas, e Sérgio Gomes, jornalista que foi preso e torturado em 1975, no auge da ditadura. Essa atividade terá a mediação da professora do curso de jornalismo, Marta Maia, que, atualmente, desenvolve projeto de pesquisa sobre a Comissão da Verdade.
Nessa Mesa, será mostrada qual foi a participação dos jornalistas na luta pela liberdade de expressão durante a ditadura militar. Serão relatados alguns casos de violência e censura sofridos por repórteres e meios de comunicação entre 1964 e 1988. Serão apresentadas também as atividades desenvolvidas pela Comissão da Memória, Justiça e Verdade dos Jornalistas Brasileiros, organização que que irá investigar casos de profissionais assassinados e censurados por agentes do Estado durante essa época.
Audálio Dantas também lançará seu livro “As duas guerras de Vlado Herzog", que relata todo o processo de prisão de Vladimir Herzog e a luta de resistência à ditadura na década de 70.
Abaixo, algumas informações sobre os dois palestrantes:
Audálio Dantas começou sua carreira de jornalista como repórter da Folha de S. Paulo (1954), passando depois pelas revistas O Cruzeiro, Quatro Rodas, Realidade, Manchete e Nova. Entre os trabalhos mais importantes que realizou como jornalista e escritor, está o livro Quarto de despejo, no qual editou o diário de Carolina Maria de Jesus, catadora de papel que morava na favela do Canindé, em São Paulo. O livro, lançado em 1960, é até hoje um dos mais vendidos no Brasil e foi traduzido para 13 idiomas. Em 1975, quando Vladimir Herzog morreu na prisão, Audálio era presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e denunciou o caso. Em 1981, recebeu da ONU prêmio de defesa dos direitos humanos. Além de sua destacada atuação no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Audálio teve sempre, também, importante participação junto a outros órgãos de classe, como a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Lançou em 2012 o livro “As duas guerras de Vlado Herzog”.
Sérgio Gomes é jornalista, diretor da OBORÉ Projetos Especiais em Comunicações e Artes. Jornalista formado em 1973 pela Escola de Comunicações e Artes da USP, onde foi professor das disciplinas Jornalismo Sindical, Jornalismo Comunitário e Jornalismo Popular entre 1986 e 1992. É um dos fundadores da OBORÉ, criada em 1978 atuando na área da imprensa alternativa, comunitária e popular, edição de jornais, boletins, revistas, campanhas e consultoria de planejamento de comunicação para sindicatos de trabalhadores e movimentos sociais. Dedica-se também à área da formação: desde 1994 é o idealizador e coordenador geral do Projeto Repórter do Futuro, que oferece cursos de complementação universitária para estudantes de Jornalismo; e das atividades de formação de comunicadores comunitários e populares. Atua na mobilização das redes temáticas de parceria e cooperação em rádio formadas pela OBORÉ que reúnem emissoras comerciais e comunitárias, de todo o Brasil, interessadas nos temas da saúde, educação, meio ambiente, criança, direitos, cidadania e música. É consultor de análise e planejamento de Comunicação em políticas públicas e sociais.