Criado por Administrator em sex, 25/05/2012 - 17:21
Com o tema “Prescrição Médica Eletrônica”, a UFOP realizará no dia 28 de maio, das 16h às 19h, um seminário que abordará o assunto, no salão nobre da Escola de Farmácia.
Prescrição médica, conhecida informalmente como receita médica, é um documento em que se encontram os remédios que um paciente deve utilizar. A intenção de usar a prescrição eletrônica, isto é salvar todos os dados de um paciente em um sistema informatizado, tem como objetivo garantir a segurança para os pacientes, reduzir erros na distribuição e na administração de medicamentos e evitar falhas na leitura e na escrita dos médicos.
O seminário é aberto para todo o público da área de saúde e conta com o apoio do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais, da empresa júnior de Farmácia, Pharma Júnior, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, da Escola de Farmácia e da empresa Serviços Técnicos de Informática (STI).
Mais informações podem ser adquiridas pelo telefone (31) 3559-1628.
Mais informações podem ser adquiridas pelo telefone (31) 3559-1628.
Legislação
Atualmente, a Câmara dos Deputados avalia a proposta que obriga os médicos de cidades com 200 mil habitantes ou mais a emitir receita digitada e rastreável eletronicamente, através do código de barras. A proposta será analisada pelas comissões de Defesa do Consumidor, de Seguridade Social e Família e de Constituição, Justiça e Cidadania.
Wânia Cristina Silva, aluna do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Escola de Farmácia, uma das organizadoras do evento, afirma que não basta apenas criar uma lei obrigatória sobre o uso da prescrição eletrônica e que, para funcionar na prática, depende da implementação dos sistemas, que é algo caro. Serão necessários investimentos em equipamentos, infraestrutura e no treinamento do pessoal.
Wânia Cristina cita o exemplo da Espanha, que primeiro realizou uma pesquisa do que era necessário, implementou todo o material, treinou os funcionários da área da saúde, estruturou a rede de informática e o último passo foi a implantação da prescrição eletrônica.
Erros de medicação
Segundo Wânia, 39% dos erros de medicação em hospitais estão ligados no circuito da receita médica, que é feita através do médico e em seguida vai para o farmacêutico e depois na aplicação do medicamento. “A prescrição eletrônica evita esses erros e aumenta a segurança na prescrição dos medicamentos, já que isso é a primeira etapa e o fator contribuinte’’, disse Wânia.
Com a experiência de mais de 13 anos na área de clínica hospitalar, Wânia afirma que a prescrição médica é mais do que evitar erros na interpretação das letras dos médicos. “A receita médica eletrônica é para agilizar o processo dentro de um hospital. O médico prescreve no papel e até que esse documento chegue à farmácia passando de mão em mão demora de 3 a 6 horas. Com a prescrição eletrônica chega em segundos”.
Outra vantagem apontada é a segurança, já que as receitas salvas no papel são passivas de sumir e ocupam mais espaço. Além disso, o sigilo das informações do paciente é mais garantido.