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Seminário sobre Linguística Aplicada promove diversas atividades no ICHS

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Gabriela Ramos 

O Instituto de Ciências Humanas e Sociais recebeu ontem (3) o II Seminário de Linguística Aplicada - Múltiplas Perspectivas sobre Letramentos. O evento foi aberto pelos temas “Alfabetização e letramento na infância”, “(Multi)letramento literário na escola pública” e “Letramento e formação do aluno em EJA”, que contaram com a participação das professoras Daniela Mara Lima Oliveira Guimarães e Margaret Malia Spofford Xavier do Departamento de Letras (Delet) e Gláucia Jorge do Centro de Educação Aberta e a Distância (Cead).

O primeiro tema discutiu a visão da criança que escreve. A professora Daniela apresentou uma pesquisa realizada com crianças entre 6 e 10 anos da rede pública de Belo Horizonte. Os textos eram metalinguísticos, uma vez que as crianças redigiam sobre a própria escrita. Segundo Daniela, o letramento e a alfabetização estão relacionados à compreensão, à decodificação e à motivação. Esse último justificado pela influência que a criança recebe de todas as formas, como a importância que os pais dão à leitura. Em todos os textos expostos, as crianças colocam o analfabeto como uma pessoa que não consegue alcançar sucesso na vida.

“A fala da professora Daniela tem uma carga muito interessante, justamente por se tratar de um tema tão polêmico na nossa sociedade: a educação básica. O que estudamos na graduação é muito difícil de ser aplicado dentro da sala de aula, especialmente na rede pública, em se tratando da prática da alfabetização e do letramento”, destaca Marcus Vinícius Pereira das Dores, aluno do 4º período do curso de Letras.

A segunda discussão girou em torno do multiletramento literário, visando à língua inglesa. A professora Margaret expôs os conceitos de letramento e discorreu sobre questões como o “medo” da língua estrangeira, o que gera uma autoexclusão, já que, na visão da maioria dos alunos da rede pública, o idioma estrangeiro não possui uma “serventia”. Segundo Spofford, os professores devem mostrar a língua como algo criativo.

O último tema da abertura do seminário discutiu a alfabetização dos alunos do projeto Educação de Jovens e Adultos (EJA), como a falta de proeficiência na leitura e as dificuldades que isso acarreta. Citou exemplos como ler rótulos de embalagens de remédio, digitar senhas no banco, pegar ônibus, dentre outros.

“O seminário é uma oportunidade para ouvir as pesquisas atuais dos professores da UFOP na área e também de especialistas de fora, como Brian Street, do Kings College, que é o pai-fundador da área de novos letramentos”, declara Joel Austin Windle, um dos coordenadores do evento.

Ao final, o debate foi aberto ao público para perguntas. Além desses, foram realizados os debates “A construção de novas identidades sociais por meio de práticas de letramento multilíngues”, “Multiletramentos e uso de TDIC na Educação: o caso do Grupo A Rede” e “Letramentos de preto: identidades e relações étnico-raciais no campo da educação” e a palestra de encerramento “Novos letramentos e letramento acadêmico”, com o professor Street.

 

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