Criado por Administrator em qui, 15/08/2013 - 19:48
Verônica Soares e Chico Daher
Na tarde desta quinta-feira, 15
de agosto, a UFOP assinou convênio com a Prefeitura Municipal de São Gonçalo do
Rio Abaixo para a implantação do Centro de Estudos Ambientais (CEA), que prevê
a instalação de cinco laboratórios de tecnologia e inovação nas áreas de Química
de Solo, Análise de Qualidade de Água, Energias Renováveis, Monitoramento e
Previsão Hidrometeorológica, Computação Ambiental (Modelagem de Processos
Ambientais).
Para o reitor Marcone Jamilson Freitas Souza, a assinatura do convênio representa um compromisso assumido com a Prefeitura para um grande investimento em educação: “É uma parceria muito produtiva. O Centro será o embrião para a fixação de profissionais qualificados na região, criando um ambiente favorável para a implantação de cursos de pós-graduação”. Jamilson também destacou que o CEA cria condições para a expansão da iniciativa em um parque tecnológico, fator de grande importância para a localidade de São Gonçalo do Rio Abaixo, principalmente considerando-se os royalties recebidos através da atividade mineradora.
O Prefeito de São Gonçalo do Rio Abaixo, Antônio Carlos Noronha Bicalho, reitera a fala da Reitoria e destaca o interesse da cidade em mobilizar ações sustentáveis: “A educação é uma safra sem fim e a mineração acaba. Acreditamos que este é um momento histórico para o município, que busca empreender uma visão de desenvolvimento para a região, equivalente à dos grandes centros”. De acordo com a Prefeitura, a educação básica desenvolveu-se bem no município nos últimos anos, mas ainda há lacunas na formação do ensino médio. O investimento em bolsas de iniciação científica júnior, agregadas ao Centro de Estudos, permitirá também melhorias no setor da educação. Além disso, a Prefeitura tem expectativa de atrair novas empresas de tecnologia para a região.
O Pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento da UFOP, professor João Luiz Martins, explicou que a assinatura do convênio é resultado de mais de um ano de intenso trabalho. João Luiz presidiu a comissão de trabalho, composta também pelo professor Felipe Eduardo, do ICEA, Rodrigo Bianchi, Coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica e Empreendedorismo (NITE), Romero César Gomes, professor do Depto. de Engenharia Civil e Adriana Figueiredo, professora da Escola de Medicina.
Diretor do ICEA, o professor Glauco Ferreira Gazel Yared acredita que o resultado deste um ano de trabalho é um marco para o desenvolvimento da região, em especial para ampliar a pesquisa, acelerar o desenvolvimento e também incentivar a inovação e o empreendedorismo. “Esses conceitos poderão ser trabalhados todos em um mesmo espaço, incluindo aí uma reflexão sobre o social”. Felipe Eduardo reforça a fala do diretor, destacando que o convênio significa não só uma valorização do corpo de professores, TAEs e alunos do ICEA, mas também um reconhecimento do papel da Universidade e sua influência positiva nas questões sociais.
Como diretor do Núcleo de Inovação Tecnológica e Empreendedorismo, o professor Rodrigo Bianchi acredita que a UFOP também cumpre um papel de gerar competências e habilidades: “Vamos formar cidadãos com visão de futuro. Esse tipo de ação contempla, além do conhecimento técnico, uma visão para além da geração de riquezas, um marco no desenvolvimento social da região”. Segundo Bianchi, a UFOP tem ações propositivas na formação para a cidadania, assumindo a vanguarda no país, já que a iniciativa do CEA é pioneira em aliar a questão social à sustentabilidade e ao desenvolvimento tecnológico.
Na solenidade de assinatura do convênio, também estava presente o Diretor do Centro de Educação Aberta e a Distância (CEAD), professor Jaime Sardi, que ressaltou a importância da criação do curso de especialização em Gestão Pública, em negociação há algum tempo.
Entre os estudantes, o aluno
Lucas Bicalho, do curso de Engenharia de Produção do ICEA, sentiu que fez parte
de um momento ímpar para a UFOP, que avança no processo de interiorização dos
cursos. O colega de curso Magno Franco completa: “Essa ação deve ser
desenvolvida para ir além da formação de mão de obra para a grande indústria,
mas pensada como um processo de transformação na educação, na saúde e até nas
artes, o que coloca a UFOP em um papel relevante de transformação social”,
conclui.