Ir para o conteúdo

UFOP tem relação de 29,54 candidatos por vaga no Sisu

Twitter icon
Facebook icon
Google icon

Felipe Sales
 
O resultado da disputa dos candidatos para estudar na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) pode ser considerado positivo para o processo seletivo para o semestre acadêmico 2013/1 pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A UFOP ofereceu 1.228 vagas e reuniu 36.286 candidatos, totalizando 40.003 inscrições. A relação foi de 29,54 candidatos por vaga.

Essa proporção é superior aos números da Universidade Federal do Ceará (UFC), instituição que recebeu maior número de inscritos no Brasil, segundo o Ministério da Educação, com uma relação de 21,40 candidatos por vaga.  

O pró-reitor de Graduação da UFOP, Adilson Pereira dos Santos, acredita que isso se deve à própria história e ao reconhecimento que UFOP possui no Brasil. “O alto índice de procura pela UFOP nos ajuda a aumentar o conhecimento que a sociedade tem da Universidade”, salienta.

Neste processo, cinco cursos foram os mais disputados pelos candidatos: Direito (4.187 inscritos), Arquitetura e Urbanismo (3.909 inscritos), Medicina (3.226 inscritos), Engenharia Civil (1.993 inscritos) e Educação Física (1.672 inscritos).

Considerando o mesmo período do ano passado (2012/1), os mesmos cursos estiveram entre os mais concorridos, havendo apenas uma troca de posições entre Medicina (4.676) e Arquitetura e Urbanismo (3.562). O número total de inscritos para o processo seletivo 2012/1 foi de 47.672.

Embora o processo de Seleção Unificada seja semestral, considerou-se o mesmo período para efeitos comparativos, pois nem todos os cursos são oferecidos semestralmente.

Arquitetura e Urbanismo tem 9,74% de aumento de inscrições
Entre os cinco mais procurados no último processo de seleção para a UFOP, o curso de Arquitetura e Urbanismo teve um aumento de 9,74% de inscritos com relação a 2012/1. Ele foi criado em 2008, fruto do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni),  do Governo Federal.

O chefe do Departamento de Arquitetura (Dearq), o professor Clécio Magalhães, atribui esse aumento ao aquecimento do mercado: “Estão em alta discussões relacionadas à agenda de questões urbanas, como meio-ambiente, mobilidade urbana, habitação, sustentabilidade, urbanização de favelas”, explica o professor.

Segundo Magalhães, a população das cidades está cada vez mais preocupada com esses assuntos, que também recebem a atenção dos meios de comunicação. “Soma-se a isso os investimentos que os últimos governos têm feito na construção civil, principalmente em habitação e infraestrutura urbana. Houve, portanto, uma ampliação das oportunidades de trabalho”, destaca.

Magalhães ainda enfatiza que o fato do Brasil ser sede da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 pode ter influenciado na procura pelo curso de Arquitetura: “As obras de arquitetura e de infraestrutura previstas também estão sendo divulgadas intensamente e isso pode provocar o interesse no aluno em se tornar um profissional que atue na transformação positiva de nossas cidades”.

O professor também expressa satisfação por esse reconhecimento por parte dos candidatos. Segundo ele, a responsabilidade também aumenta. “Os futuros alunos têm grande interesse pela agenda urbana. Afinal, a melhoria da qualidade de vida nas cidades está associada à capacidade que as obras de arquitetura e urbanismo, privadas ou públicas, são capazes de agregar. Para nós, diretamente envolvidos com a formação profissional, é um estímulo e um desafio”, conclui.

LEIA MAIS