Os mecanismos envolvidos na gênese da Doença de Alzheimer são o tema da pesquisa do doutorando Leonardo Brandão Barreto , aluno do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (Biotec) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Vinculado ao trabalho e fruto da parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Ouro Preto, funciona na Policlínica da cidade em um ambulatório de atendimento para pacientes com queixas de alteração de memória e suspeita da doença.
O trabalho está vinculado ao ambulatório de atendimento para pacientes com queixas de alteração de memória e suspeita da doença da cidade de Ouro Preto, o qual funciona na policlínica do município e é fruto de parceria entre a Universidade e a Secretaria Municipal de Saúde.
A partir dos atendimentos no ambulatório, os pacientes são divididos em três grandes grupos de idosos acima dos 65 anos de idade: os que não possuem queixas de alterações de memória ou distúrbio de comportamento; os que têm deficiência cognitiva leve, isto é, que possuem alteração de memória; e aqueles com diagnóstico de suspeição de Doença de Alzheimer, ou seja, aqueles com alteração de memória, comportamento de linguagem e inter-relação.
Com acompanhamento ao longo de três anos, os pacientes vão ser submetidos a exames clínicos e complementares, que utilizarão dosagens de substâncias na urina, no sangue e nos cabelos. O objetivo é tentar determinar se existe um perfil de alteração nos exames que vai poder identificar se o idoso saudável evoluiu para alteração de memória e se o paciente que possui alteração de memória evoluiu para o declínio cognitivo maior, cuja principal condição é a Doença de Alzheimer.
Segundo Leonardo, a finalidade do trabalho é não só oferecer atendimento em Ouro Preto e na microrregião dos Inconfidentes com o ambulatório, mas também compreender adequadamente a origem da doença. "Uma vez que você compreende a gênese, você consegue não só executar um diagnóstico precoce, como também futuramente executar tratamentos mais adequados, que sejam mais resolutivos para o problema", conta ele.
A pesquisa envolve a Escola de Medicina (Emed), o Laboratório de Neurobiologia e Biomateriais, o Laboratório de Geoquímica do Departamento de Engenharia Geológica (Degeo) e o Laboratório Piloto de Análises Clínicas (Lapac) da Escola de Farmácia (Efar). Além disso, o estudo oferece subsídios ao doutorado de Leonardo, desenvolvido sob a orientação da professora do Departamento de Ciências Biológicas (DECBI) Katiane de Oliveira Pinto Coelho Nogueira e com a coorientação do técnico do laboratório de Geoquímica Leonardo Brandão Nogueira e da professora do Departamento de Analises Clinicas (DEACL) Carmen Aparecida de Paula.