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Cerimônia inaugura nova frequência da Rádio UFOP

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Pedro Vieira
Foto da mesa redonda compondo seis integrantes, cinco deles sentados ouvindo o assessor Otávio Penna Pieranti, a foto também contém a plateia prestando atenção ao pronunciamento no canto inferior
Organizada pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) e pela Diretoria de Comunicação Institucional (DCI), a cerimônia realizada no Instituto de Ciências Sociais e Aplicadas (Icsa) teve a finalidade de oficializar a troca da frequência e celebrar o aumento da potência da Rádio UFOP. O processo de mudança iniciou em 2021 e, com sua conclusão, a emissora passa a ser ouvida também em zonas rurais das cidades de Mariana e Ouro Preto.
 
A Rádio operava na sintonia 103,5 MHz FM desde 2020, quando a primeira antena foi instalada no Icsa. Logo depois, a transmissão foi transferida para o Pico da Cartuxa, em Mariana, que é mais alto e possibilitou, portanto, a expansão da cobertura em sinal aberto. Agora, com a mudança de frequência, a Rádio passa a ser transmitida na sintonia 97,7 MHz FM.
 
O diretor de Comunicação Institucional da UFOP, Chico Daher, comenta a expansão do alcance da Rádio na região. "Com esse aumento de potência de transmissão, a gente melhora o nosso potencial de chegar às pessoas. A gente está chegando melhor nas áreas rurais de Mariana e Ouro Preto, onde temos verdadeiros desertos de comunicação". 
 
Segundo o coordenador da Central de Comunicação Público-Educativa (CCPE), Marco Antônio do Nascimento, o setor administrativo contratou três empresas para a execução dos serviços de aumento da potência dos transmissores e licenciamento do sistema irradiante. Essa contratação foi necessária porque a Universidade não possui servidores legalmente habilitados para efetuar as tarefas. "Todo o procedimento envolveu também o pagamento de diversas taxas emitidas pela Anatel e pelo Ecad, a fim de regularizar a emissora junto a esses órgãos reguladores", conclui.
 

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Pedro Vieira
Homem branco centralizado segurando um microfone, ele usa uma blusa polo cinza e possui cabelo loiro, enqunato outros dois homens brancos de cabelo escuro prestam atenção em seu pronunciamento
Harrison Bachion, diretor do Icsa, participa da inauguração da troca de frequência da Rádio
Harrison Bachion, diretor do Icsa, explica que a Rádio UFOP realiza dois papéis importantes na comunidade: o primeiro diz respeito à atuação qualitativa da Rádio como um contraponto à desinformação, fornecendo, assim, informações com confiabilidade; já o segundo ponto, complementa o diretor, tem relação com a divulgação efetiva dos materiais de pesquisa e de extensão para além dos muros da Universidade, aproximando a UFOP da comunidade.
 
"Fortalecer a Rádio UFOP é edificar também o ensino de rádio e o ensino de radiojornalismo no nosso curso", comenta a vice-coordenadora do PPGCOM e professora do Departamento de Jornalismo (Dejor), Débora Queiroz. Ela também ressalta a expressividade dos estudos sobre rádio na UFOP: "Aqui, os pesquisadores trabalham com os estudos de rádio, podcasts, radiojornalismo e com os sons da cidade, e isso possibilita uma diversidade de olhares para entender o papel do rádio na sociedade", explica.
 
O evento contou com a participação do Pró-Reitor de Planejamento e Administração, Eleonardo Lucas Pereira; do diretor do Icsa, Harrison Bachion; do diretor de Comunicação Institucional da UFOP, Chico Daher; da vice-coordenadora do PPGCOM, Débora Queiroz; da diretora-geral da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Maíra Bittencourt; e do assessor da Secretaria de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SPDigi/Secom-PR), Octavio Penna Pieranti.
 
A rádio também pode ser ouvida nos dispositivos da assistente virtual Alexa, na Eduplay, no Spotify, no site da Rádio e na plataforma de conteúdo audiovisual da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).
 
Comunicação Pública e Democracia - Logo após a solenidade, foi realizada uma palestra sobre "Comunicação Pública e Democracia", com a participação do assessor SPDigi/Secom-PR, Octavio Penna Pieranti, e com a diretora geral da EBC, Maíra Bittencourt. A mesa ainda contou com a mediação da chefe de Divisão de Rádio da UFOP e membro do PPGCOM, Luana Viana.
 
Segundo dados recentes do Kantar Ibope, o brasileiro consome televisão por 5h14min e rádio por quase 4h por dia. Tirando a realização de atividades como alimentação, sono e deslocamento, esses dados representam quase um terço do dia. O assessor Octavio Penna alia esses dados à importância da comunicação pública nos veículos televisivos e sonoros: "Quando a gente fala de comunicação pública, temos a segurança de um ambiente focado na integridade da informação, no combate à desinformação, na oferta de uma outra visão de mundo e na discussão de problemas locais", explica.
 

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Pedro Vieira
Foto da mesa com três integrantes sentados lado a lado, da esquerda para a direita, uma mulher branca e loira segurando o microfone enquanto gesticula, do lado uma mulher branca de cabelos escuros, já à direita um homem branco de cabelos escuros
Mesa de debate sobre "Comunicação pública e Democria"
 
Tendo sua atuação voltada à expansão da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), coordenada pela EBC, Octavio exemplifica que, de 1967 a 2010, existiam apenas 35 emissoras de rádio e televisão nas universidades federais. Por isso, a EBC vem trabalhando na ampliação das redes das Instituições de Ensino Superior (IES). Neste ano, 65 IES (dentre elas, 35 universidades federais, 14 universidades estaduais e 16 institutos federais) assinaram um documento que solicita a alteração de mais de 160 emissoras de rádio e TV no Brasil. Isso significa que vai ocorrer a maior expansão da rede pública de comunicação universitária da história do país, segundo ele.
 
A diretora-geral da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Maíra Bittencourt, fala um pouco sobre a importância da comunicação pública para a sociedade, com o objetivo de dar voz à pluralidade de "sotaques, estilos de vida, culturas e regionalidades", e para que essas pessoas possam se enxergar nesse reflexo. Ela acrescenta ainda que a EBC tem trabalhado com editais de coprodução, a exemplo do edital em que a UFOP foi contemplada. "A gente entende que nos últimos anos as instituições de ensino têm sofrido com a restrição orçamentária e muitas vezes a chegada de recursos para a produção de comunicação é difícil; a presença desses editais fortalece a comunicação dos parceiros da EBC de um modo mais amplo", conclui.
 

 

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