Criado por Julia Cabral em qui, 04/08/2016 - 13:05 | Editado por Lígia Souza há 7 anos.
Na década de 80 esse conceito considerava apenas os problemas físicos enfrentados pelas professoras, como problemas na garganta e na coluna. De acordo com Margareth, a sua pesquisa se torna pioneira no momento em que passa a estudar os problemas mentais desenvolvidos pelas profissionais. Em Ouro Preto, uma parte da pesquisa foi realizada em 2009, quando foi iniciado o Programa Caleidoscópio. Foi possível perceber que as queixas das professoras eram variadas. Dentre elas podemos citar a convivência com diferentes alunos, as más condições de trabalho, a precariedade das escolas e os baixos salários. Mas o que é realmente intrigante é o fato das professoras lecionarem mais de 30 anos, por exemplo, mesmo diante dessas condições prejudiciais.
Vale ressaltar que as pesquisas sobre o mal-estar docente realizadas tanto no Brasil, quanto em outros países, mostraram que cerca de 10% dos professores apresentam algum tipo de doença.
Para compreender alguns questionamentos, o mal-estar docente analisa fatores objetivos e subjetivos. Durante a pesquisa foi percebida uma subjetividade na influência que o sujeito desenvolve com o trabalho. Desta forma, compreender o cotidiano enfrentado pelas professoras, ainda requer uma escuta dos problemas enfrentados por elas. Assim, podemos dizer que os estudos sobre o mal-estar docente visam entender as causas do adoecimento das profissionais e têm como objetivo auxiliar no enfrentamento de cada situação.
Para entender mais sobre o conceito e a pesquisa, confira o UFOP Conhecimento.