Os membros da Comissão de Estratégias para o Retorno às Atividades Presenciais do Instituto de Ciências Exatas e Biológicas (Iceb) tiveram sua primeira reunião, realizada remotamente, com o objetivo de definir ações para minimizar as dificuldades que serão encontradas na volta das atividades presenciais da UFOP, ainda sem data definida. O encontro, que foi na sexta-feira (4), deu início à primeira etapa do processo de elaboração do Plano de Retorno Seguro às Atividades Presenciais no Instituto.
A Comissão foi criada pelo Conselho Departamental do Iceb em agosto e tem como objetivo principal elaborar um plano de segurança e acolhimento aos usuários do Instituto em concordância com a Administração Central da UFOP. Confira a publicação da
portaria de criação da Comissão no Boletim Administrativo.
Segundo a presidente da Comissão, Roberta Froes, docente do Departamento de Química, "é essencial usar este período de isolamento social para levantar os pontos críticos de circulação e concentração de pessoas nos ambientes internos e externos ao Iceb". A professora aponta que isso vai auxiliar, por exemplo, na identificação das salas, áreas e laboratórios com as piores condições de circulação de ar ou maiores concentrações de pessoas, como também dos pontos estratégicos para instalação de novas pias e totens para distribuição de álcool em gel. "Sem dúvida, a identificação desses pontos como medida de prevenção e combate à Covid-19 será essencial para elaborar um plano inicial condizente com as necessidades atuais do Instituto".
A prefeita do Campus, Sandra Maria Antunes Nogueira, participou da reunião e falou sobre o Grupo de Apoio Técnico à Administração para adequação, reorganização e modificação dos espaços da UFOP com/e para as atividades presenciais - Protocolos de Biossegurança na pandemia da Covid-19. Segundo ela, o Grupo foi criado para auxiliar na ocupação e uso dos espaços dos campi da UFOP durante o período de suspensão das atividades acadêmicas presenciais e no planejamento para a sua retomada.
MODELAGEM - Os professores Alcides Carneiro (Departamento de Física) e Sérvio Pontes Ribeiro (Departamento de Biodiversidade, Evolução e Meio Ambiente) apresentaram na reunião uma modelagem que será feita das taxas de contaminação por Covid-19 em ambientes internos e externos, que pode ajudar no estabelecimento de políticas e ações estratégicas de combate ao coronavírus em ambientes educacionais e de grande circulação de pessoas.
O trabalho de modelagem, de acordo com o professor Alcides, se dará basicamente em duas frentes: uma com ambientes vazios e outra com os ambientes ocupados. No primeiro caso, são medidas as correntes de ar do ambiente e calculadas, a partir daí, possíveis nuvens de contágio. A segunda etapa consiste em simular em computador ambientes similares aos reais, mudando as taxas de ocupação e, segundo a taxa de infecção vigente R, tentar predizer como seria o espalhamento da doença nesses cenários. Com esses cálculos, seria possível saber quantos alunos podem ser alocados em cada sala.