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Intervenções estruturais e rotinas acadêmicas pautam reunião do Comitê

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Reprodução/Google Meet
A retomada das atividades presenciais — quando possível — e as rotinas que não pararam ou que estão sendo reativadas gradativamente demandam adequações diante do cenário de risco de contaminação pela Covid-19. O planejamento das intervenções físicas foi discutido na reunião desta quinta (6) do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus, com participação da prefeita do Campus Universitário, professora Sandra Maria Antunes Nogueira.
 
Seguindo o modelo de outras instituições de ensino superior, é sugerida a criação de um grupo técnico de apoio ao Comitê para analisar as possíveis alterações de fluxos e outras demandas de acordo com as taxas de ocupação dos campi. A reestruturação pode exigir compras de equipamentos, insumos e outros elementos.
 
Utilizando modelos nacionais e de outros países, foi verificado que a redução do espaço útil chega a 52%, o que faria com que uma sala com capacidade para 41 pessoas passasse a caber apenas 13, por exemplo. Também serão dimensionados outros tipos de impacto, como na limpeza dos aparelhos de ar condicionado, que devem ser limpos com maior frequência, a partir do retorno do uso dos espaços. 
 
A proposta é somar aos esforços do Comitê a colaboração de áreas administrativas, pesquisas acadêmicas e de representantes da Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento, Prefeitura do Campus, Pró-Reitoria de Graduação, Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, Departamento de Arquitetura, Departamento de Engenharia Civil e Departamento de Engenharia Urbana. O grupo poderá contar também com o apoio de bolsistas de desenvolvimento técnico.
 
PONTOS DE HIGIENIZAÇÃO - A instalação de totens e tapetes sanitizantes também foi analisada para um melhor dimensionamento, evitando desperdício do recurso público. Os tapetes sanitizantes foram avaliados como desnecessários, já que não apresentam efetividade, ainda mais quando instalados em locais de grande circulação de pessoas. 
 
A implantação de totens com dispensação de álcool gel é a medida mais indicada, mas a aquisição e instalação devem ser realizadas mediante a reativação dos espaços e demandas, de acordo com o acréscimo do fluxo de pessoas. Para os locais de menor circulação, continua a orientação da disponibilização de álcool 70% em pequenos frascos nas áreas de trabalho. 
 
A reitora Claudia Marliére ressaltou a importância de que o dimensionamento seja feito com a maior fidelidade possível e de forma escalonada. O retorno das atividades não depende da disponibilização de uma vacina. Mas, ainda que nao seja um condicionante, o acesso a uma imunização pode mudar protocolos de biossegurança de acordo com a efetividade que ela apresentar. Além disso, não existe uma real dimensão do orçamento da Universidade para o próximo ano, já que o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) do Governo Federal sinaliza cortes contundentes nos recursos a serem recebidos. 
 
ROTINAS ACADÊMICAS - A pró-reitora de Graduação, Tânia Garbin, apresentou os cenários de retomada das atividades acadêmicas, que iniciam com a implantação do Período Letivo Especial e envolvem a organização das próximas etapas. O trabalho tem sido realizado colaborativamente pela área técnica do setor e pelos departamentos. 
 
O entendimento é que, com o PLE, menos estudantes se matriculem nas disciplinas presenciais após a retomada, já que terão eliminado alguns créditos. Com o acompanhamento das demandas, será possível otimizar a alocação das salas de aula de acordo com a estrutura disponível. 
 
PAINEL COVID-19 - Para melhor acompanhamento das condições de contágio nas 11 cidades onde a UFOP tem mais alunos, bem como em Minas Gerais como um todo, o Comitê está preparando a divulgação de um painel em duas edições semanais. Às terças e sextas-feiras serão disponibilizados o total e os números diários de contaminados e óbitos, a média móvel e as taxas de transmissão, letalidade, mortalidade e incidência. 
 
A média móvel é calculada de acordo com a ponderação do registro de casos durante uma semana, fazendo com que a curva de progressão seja vista de forma mais regular, sem o impacto da baixa notificação dos fins de semana e do consequente acúmulo nas segundas-feiras. 
 
A taxa de transmissão, conhecida como R0 (erre zero), indica quantas pessoas cada indivíduo pode infectar, em média. Nesse caso, os indicadores menores que 1 demonstram uma tendência de queda da contaminação; entre 1 e 1,2, indica uma condição exponencial intermediária (amarela); e acima de 1,2 uma condição exponencial alta (vermelha). Quando essa taxa é vista ao longo do tempo, recebe a denominação de RT. 
 
As outras três taxas são comparativos numéricos de referência: a de letalidade expressa a razão da quantidade de óbitos com os casos confirmados (em %); a de mortalidade é a divisão dos óbitos em relação à população do município (por grupo de 100 mil habitantes); e a de incidência é obtida da relação entre os casos e a população (por grupo de 100 mil habitantes).
 
Confira os dados de RT e Media Móvel dos onze municípios e de Minas Gerais:

mm_7_de_agosto_3.jpg

Reprodução/Google Meet
Média Móvel

 

rt_7_de_agosto.jpg

Reprodução/Google Meet
Velocidade de contágio no tempo (Rt)

 

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