Para prevenir a contaminação pelo Covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica, entre outras práticas, a utilização de álcool para higienização de mãos e superfícies. Entretanto, há algumas recomendações que devem ser levadas em consideração para que se tenha maior eficácia no uso do produto e para evitar queimaduras ou outros acidentes domésticos.
A diretora e professora da Escola de Farmácia da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Maria Elisabete S. Barros, alerta para alguns cuidados a serem tomados ao utilizar o álcool em gel — ou líquido — para desinfecção de mãos, utensílios e ambientes. Dentro de casa, "o cuidado principal é evitar que ambos sejam utilizados perto do fogo. Melhor usar água e sabão para lavar as mãos".
A professora defende a recomendação das autoridades de saúde, que sugerem que, nas residências, o ideal é que sejam usados outros produtos em detrimento do álcool. Para a limpeza da casa, por exemplo, a professora aponta que "podem ser usados a água sanitária e produtos que contenham cloro, além de desinfetantes industrializados".
NA RUA - Maria Elisabete alerta que o ideal é que a população recorra sim ao álcool, principalmente ao em gel, quando estiver fora de casa. "Pode ser levado dentro de uma bolsa, em pequenos frascos, e pode ser usado para higienização das mãos toda vez que as pessoas tocarem em superfícies, dinheiro ou outros materiais que possam estar contaminados".
Tendo em vista as diversas opções do produto, a professora esclarece qual o melhor tipo de álcool para cada situação específica: "Para desinfecção, ou seja, para matar microrganismos (bactérias, vírus e parasitas), sempre usar o álcool com teor de 70% ou superior. O álcool gel é mais adequado para higienização das mãos (por não escorrer com facilidade e por conter ingrediente hidratante), mas o álcool líquido também pode ser usado para higienização das mãos, utensílios e ambientes, sempre com cuidado. Já o álcool com teor abaixo de 70% serve apenas para limpeza de ambientes".